Qual é o país mais endividado da América Latina? Descubra a resposta
No ano passado, o Brasil registrou um crescimento econômico significativo, com uma taxa de expansão de 3,8%, segundo dados do Goldman Sachs.
Este avanço destacou o país no cenário latino-americano, superando outras economias da região. No entanto, a questão da dívida pública continua a ser um desafio importante para as autoridades brasileiras.
Apesar do crescimento econômico, a dívida pública do Brasil aumentou, com a relação dívida/PIB atingindo 76,1% em 2024.
Este aumento levanta preocupações, especialmente quando comparado à média de endividamento da América Latina, que é de 62,8%.
Comparação com outras economias latino-americanas
O crescimento econômico do Brasil em 2024 foi um dos mais altos da América Latina, superado apenas pelo Peru, que cresceu 3,1%.
Enquanto isso, países como Argentina e Equador enfrentaram recessões, evidenciando os desafios econômicos persistentes na região. A dívida pública é um problema comum, mas o Brasil se destaca por sua relação dívida/PIB mais elevada.
O Peru, por exemplo, mantém uma relação dívida/PIB de apenas 34%, refletindo uma gestão fiscal mais conservadora. Em contraste, a Colômbia tem um índice de 67,6%, sendo o país mais próximo do Brasil em termos de endividamento.
A Argentina, por sua vez, enfrenta uma crise econômica severa, com hiperinflação e recessão, o que agrava seu cenário de endividamento.
Desafios fiscais e econômicos na América Latina
O relatório do Goldman Sachs projeta que a relação dívida/PIB das economias latino-americanas continuará a crescer até 2027.
Este aumento é um reflexo do cenário pós-pandêmico, onde muitos países ainda lutam para recuperar a estabilidade fiscal. Entre 2020 e 2023, a média de endividamento na região foi de 59%, com expectativa de alcançar 68% até 2027.
Fatores contribuintes para o endividamento
A pressão por maiores gastos públicos, devido a demandas sociais e ambientais, é um dos principais. A transição demográfica e a necessidade de políticas ambientais sustentáveis aumentam a pressão sobre os orçamentos governamentais.
A dependência de muitos países da região na exportação de commodities os torna vulneráveis às flutuações dos preços globais, dificultando o planejamento econômico de longo prazo.
Essa vulnerabilidade leva a um aumento do endividamento para financiar déficits fiscais, especialmente em países que enfrentam recessões prolongadas, como a Argentina e o Equador.
Embora o Brasil tenha mostrado um crescimento econômico notável em 2024, sua alta relação dívida/PIB é uma questão que precisa ser abordada. Políticas fiscais adaptativas são necessárias para equilibrar o crescimento econômico com a sustentabilidade da dívida.