Qual a relação entre ondas de calor e o risco para a saúde dos idosos?
Por: Milena Armando
Tem sido uma constante ver as temperaturas médias globais alcançarem marcos impressionantes, alterando o panorama climático mundial.
O ano anterior, marcado como o 12º consecutivo de temperaturas recordes, confirmou uma nova realidade dura: estamos vivendo uma verdadeira emergência climática.
A vulnerabilidade de pessoas mais velhas a ondas de calor extremas torna-se um tema de crescente preocupação à medida que o clima continua a registrar temperaturas elevadas.
Estes eventos não são apenas desconfortáveis, mas representam sérias ameaças à saúde, como desidratação e derrames, que podem ser fatais.
A faixa etária superior a 60 anos, que mostra menos sensibilidade à sede e uma maior prevalência de doenças crônicas, como as cardiovasculares, encontra-se em situação especialmente precária frente ao avanço dos termômetros.
Estudos indicam que essas características tornam os idosos mais suscetíveis aos efeitos severos das altas temperaturas.
A situação atual e projeções futuras para idosos em ondas de calor
De acordo com relatórios do Copernicus, observatório europeu, as altas temperaturas não são uma exceção, mas a nova norma climática.
Este cenário alarmante é confirmado por previsões científicas que apontam um aumento significativo no número de idosos atingidos por temperaturas extremas.
Não só isso, a distribuição geográfica deste impacto aponta para uma disparidade: enquanto países desenvolvidos possuem mais recursos para enfrentar essas mudanças, na Ásia e África, continentes com um número significativo de países de renda média ou baixa, as condições são bastante precárias.
Como prevenir impactos negativos nas populações mais velhas?
Infraestrutura adequada: Investir em moradias adaptadas ao controle de temperatura, como a instalação de ar-condicionado e isolamento térmico.
Educação sobre hidratação: Campanhas educacionais para incentivar o consumo frequente de líquidos, superando o desafio da menor sensação de sede.
Saúde pública: Programas de acompanhamento médico especial para idosos durante períodos de alta temperatura, prevenindo complicações decorrentes do calor.
A demanda por medidas de proteção e prevenção cresce junto com as estatísticas desses períodos de calor extremo.
Ações integradas envolvendo políticas de saúde, urbanismo e educação tornam-se essenciais para salvaguardar a vida e a dignidade dos mais velhos, que merecem envelhecer com segurança e qualidade diante dos desafios climáticos presentes e futuros.