Quais são as principais razões para o fim do teletrabalho no INSS?

Por: Milena Armando

Em uma movimentação para a gestão do INSS, o presidente Alessandro Stefanutto anunciou o fim do teletrabalho a partir de agosto. 

A medida visa aprimorar os processos internos e melhorar o atendimento ao público, conforme indicado pelo presidente em recente ofício.

Este anúncio está diretamente conectado à estratégia maior da Administração Central, que inclui a apresentação de um plano de desmobilização do trabalho remoto até 22 de julho. 

O documento deve mapear nominalmente todos os servidores afetados, bem como as justificativas para casos excepcionais que permanecerão em teletrabalho.

Servidores do órgão e líderes sindicais criticaram a mudança, apontando-a como uma ação que pode não solucionar os problemas atuais de atendimento ao público. 

Além disso, a falta de infraestrutura adequada para acolher todos os funcionários presencialmente foi uma preocupação manifestada pela categoria.

Benefícios do trabalho remoto citados pelos servidores

Contrário ao que defende a liderança do INSS, os servidores destacaram que o modelo de home office adotado durante a pandemia não só aumentou a produtividade como também foi crucial para a diminuição das filas de espera. 

Essa perspectiva sugere que a modalidade de teletrabalho trouxe ganhos significativos para a operacionalidade do INSS, questionando assim a necessidade de uma reversão completa para o esquema presencial.

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Preparativos e a potencial greve

A mudança para o trabalho presencial já tem data marcada e um plano deve ser apresentado em breve, mas as negociações com os servidores continuam. 

Diante das tensões crescentes, a Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps) já notificou sobre uma possível greve.

Esse cenário sugere que as negociações serão cruciais nas próximas semanas.

Além das negociações internas, Stefanutto, mencionou que as alterações serão conduzidas com tranquilidade, buscando sempre o equilíbrio e evitando ajustes bruscos que poderiam perturbar tanto os servidores quanto os cidadãos que dependem dos serviços do INSS. 

Ele reconhece que, embora o trabalho remoto apresente desafios, especialmente em termos de gestão, a interação direta e o serviço cara a cara ainda são essenciais para uma parcela dos segurados.

O encerramento do teletrabalho marca uma nova era na forma como o instituto opera, almejando maior eficiência e qualidade na prestação de serviços aos cidadãos brasileiros.

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