Preocupante! Aumento de óbitos por gripe em idosos é oito vezes maior que 2023
Por: Milena Armando
Um levantamento recente divulgado pelo Centro de Inteligência em Saúde do Rio de Janeiro (CIS-RJ) aponta um crescimento preocupante no número de óbitos por influenza entre idosos, com uma taxa 8 vezes maior em comparação a 2023, apenas nos primeiros 3 meses deste ano.
Enquanto o primeiro trimestre do ano passado registrou duas mortes, este ano o número saltou para 17, acendendo um sinal de alerta.
Além dos idosos, o levantamento demonstra um aumento significativo das mortes por síndrome respiratória aguda grave em todas as faixas etárias.
De 7 óbitos nos primeiros 3 meses de 2023 para 27 em 2024, essa elevação ressalta a importância da vacinação contra a gripe, especialmente entre os grupos mais vulneráveis: idosos, crianças, gestantes, puérperas e pessoas com comorbidades.
Diante desse panorama, Claudia Mello, secretária de estado de Saúde, enfatiza que a vacinação é a principal medida de prevenção contra a influenza.
"Os imunizantes estão sendo distribuídos aos municípios, e a nossa recomendação é para que a população mais vulnerável não deixe de se vacinar", afirma Mello.
A campanha de vacinação, que inclui o Dia D de Mobilização contra a gripe em 13 de abril, se estenderá até o final de maio.
Entendendo o predomínio do vírus
Uma análise realizada pelo Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (Lacen-RJ) nas últimas semanas de março revelou que o vírus Influenza A foi predominante em 13% das amostras analisadas, seguido por outros vírus que também causam sintomas respiratórios.
Intrigantemente, entre as crianças de 0 a 4 anos, o VSR mostrou-se mais presente, enquanto entre os maiores de 80 anos, o Influenza A se destacou consideravelmente.
Mudanças climáticas afetam a sazonalidade da Influenza
Alterações bruscas de temperatura, junto à diminuição da umidade do ar, estão entre os fatores que contribuem para essa nova dinâmica da doença.
Com um aumento de 36% nos atendimentos por síndrome gripal nas UPAs estaduais entre fevereiro e março, fica evidente a necessidade de ações preventivas e de conscientização quanto à importância da vacinação.
A estratégia para enfrentar o aumento dos casos e óbitos por influenza passa, portanto, pela mobilização pública para a vacinação, especialmente dos grupos de risco, e pela adaptação às novas realidades impostas pelas mudanças climáticas.
Com a aproximação dos meses mais frios, é fundamental que a população esteja protegida para evitar um cenário ainda mais alarmante.