O bolso vai pesar! Valores de remédios podem subir até 4,5%
Por: Milena Armando
Um novo teto para o reajuste dos preços dos medicamentos foi anunciado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) e publicado no Diário Oficial da União (DOU), o limite foi estabelecido em 4,5%.
Este percentual, o menor desde 2020, segundo dados do Ministério da Saúde, gera questionamentos sobre como afetará o bolso e o acesso à saúde da população.
O reajuste de 4,5% não implica uma elevação imediata ou uniforme nos preços ao consumidor, mas sinaliza o teto que indústrias e estabelecimentos farmacêuticos poderão aplicar até março do próximo ano.
Por que os preços dos medicamentos são reajustados?
A formulação da porcentagem de reajuste pela CMED considera múltiplos aspectos. A inflação acumulada, medida pelo IPCA nos últimos doze meses, é um fator decisivo.
No entanto, a produtividade no ramo farmacêutico, outros custos que fogem à inflação - como as variáveis cambiais e as tarifas de energia - além das dinâmicas de mercado, também são levados em conta.
Utilizada desde 2005, essa metodologia busca um ponto de equilíbrio entre os interesses comerciais do setor e a capacidade financeira dos consumidores.
Como a transparência de preços será assegurada após o reajuste?
Uma das preocupações da CMED, expressa na recente resolução, é garantir que os preços dos medicamentos, após o reajuste, sejam divulgados claramente.
A exigência de “ampla publicidade” sobre os preços praticados visa assegurar que os consumidores tenham acesso a essas informações, evitando cobranças abusivas que ultrapassem o limite estabelecido. A transparência é facilitada pela disponibilização dessas informações no portal da Anvisa.
Quais os impactos esperados até o próximo reajuste?
Com o estabelecimento do novo teto, a indústria farmacêutica e as farmácias têm até março do próximo ano para se adaptar ao limite de reajuste de 4,5%.
O período até a definição do próximo teto é crucial para monitorar a reação do mercado farmacêutico e os efeitos dessa mudança para os consumidores.
Há uma expectativa otimista de que o acesso aos medicamentos essenciais seja preservado, sem imposição de uma carga financeira insustentável à população.
A medida reflete um esforço contínuo em promover a saúde e o bem-estar da população brasileira, facilitando o acesso a tratamentos e medicamentos necessários.