Herança de dívidas: O que acontece com empréstimos consignados após o falecimento?

Por: Milena Armando

O aumento expressivo da concessão de crédito consignado, que alcançou um pico de 54% em janeiro deste ano, levanta uma série de discussões sobre as suas implicações para aposentados e pensionistas do INSS. 

Com um total de R$ 11 bilhões liberados em comparação aos R$ 7,2 bilhões do mês anterior, observa-se uma tendência crescente na procura por essa modalidade de crédito. Mas, o que acontece com essas dívidas em caso de falecimento do titular?

Apesar das garantias oferecidas pelo INSS e pela Febraban de que as dívidas seriam suspensas após o óbito do titular, a realidade mostra que nem sempre esse processo ocorre de forma tão simples. 

A praticidade do desconto direto na folha de pagamento, aliada a taxas de juros relativamente baixas - atualmente em 1,72% ao mês - torna os empréstimos consignados extremamente atrativos. Contudo, essa conveniência pode esconder armadilhas para os beneficiários e seus familiares.

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Como funciona o crédito consignado?

Essencialmente, essa modalidade de empréstimo permite que as parcelas sejam descontadas diretamente do benefício recebido pelo aposentado ou pensionista. 

Esse mecanismo não só facilita o pagamento, como também reduz o risco para os bancos, permitindo que ofereçam taxas de juros mais competitivas.

O que acontece com a dívida consignada após o óbito?

A decisão da justiça deixa explícito que o compromisso financeiro com o empréstimo consignado não se encerra com a morte, passando a ser uma obrigação do espólio ou dos herdeiros, sempre respeitando os limites dos bens deixados.

Em face desse cenário, torna-se essencial que os beneficiários do INSS e seus familiares estejam plenamente informados sobre os termos e condições dos empréstimos consignados. 

Além disso, é prudente considerar a contratação de seguros que possam cobrir a dívida em caso de falecimento, evitando assim possíveis transtornos e comprometimentos financeiros inesperados para o espólio e herdeiros.

Em resumo, a busca por empréstimos consignados requer uma análise cuidadosa e a consideração de medidas preventivas. 

A decisão do TRF1 sublinha a importância de estar bem informado sobre as suas implicações, garantindo que aposentados e pensionistas façam escolhas financeiras seguras e conscientes.

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