Entendendo o AVC em idosos: Prevenção, sintomas e tratamento
Por: Milena Armando
Considerado uma das principais causas de incapacidade e morte entre os mais velhos, o Acidente Vascular Cerebral (AVC), conhecido como derrame, afeta milhões pelo mundo.
Estudos da OMS apontam um número alarmante de cerca de 17 milhões de acometidos globalmente a cada ano. No Brasil, esse número também impressiona, com 400 mil casos anuais.
Diante desta realidade, torna-se indispensável compreender o que é o AVC, como reconhecer seus sinais e as melhores formas de prevenção e tratamento.
O AVC ocorre quando o fluxo de sangue para uma parte do cérebro é interrompido ou quando um vaso sanguíneo no cérebro se rompe, podendo ser classificado em isquêmico, o tipo mais comum, ou hemorrágico.
A prevenção, que envolve mudanças de hábitos e acompanhamento médico, pode evitar até 90% dos casos.
O que é AVC e como ele influencia a saúde dos idosos?
O AVC atinge principalmente a população idosa, com sua probabilidade dobrando a cada década após os 55 anos.
Além de ser a segunda maior causa de morte, é a principal causa de incapacidade prolongada, impactando severamente a vida dos afetados.
Existem dois principais tipos de AVC: AVC Isquêmico: ocorre devido à interrupção do fluxo sanguíneo por um coágulo e o AVC Hemorrágico: caracteriza-se pelo rompimento de um vaso sanguíneo, causando sangramento no cérebro.
Quais são os sintomas que indicam um possível AVC?
Identificar os sinais de um AVC rapidamente é crucial para reduzir suas consequências. Os sintomas variam de acordo com o tipo de AVC e podem incluir:
Paralisia ou dormência no rosto, braço ou perna, especialmente em um lado do corpo; confusão mental, dificuldade de falar ou entender fala; problemas de visão em um ou ambos os olhos;
Dificuldade para caminhar, tontura, perda de equilíbrio ou coordenação e dor de cabeça severa sem causa conhecida.
Como podem ser prevenidos os AVCs em idosos?
A prevenção do AVC envolve a gestão de fatores de risco modificáveis e não modificáveis.
Enquanto não podemos alterar a idade ou predisposições genéticas, podemos influenciar positivamente outros fatores, como:
Controle da hipertensão arterial, a maior causa de AVC; redução do consumo de tabaco e álcool;
Manutenção de um estilo de vida ativo e de uma alimentação equilibrada e destão adequada das condições de saúde como diabetes e arritmias cardíacas.
Tratamento e recuperação após um AVC
A rápida resposta e tratamento inicial focam na estabilização do paciente e na minimização das lesões cerebrais.
Após a estabilização, um plano de recuperação é elaborado, usualmente envolvendo uma equipe multiprofissional. Esse plano pode incluir:
Uso de medicamentos como anticoagulantes e trombolíticos; terapias de reabilitação física, ocupacional e fonoaudiologia; apoio psicológico para lidar com eventuais consequências emocionais e cognitivas e intervenções nutricionais para melhorar a saúde geral e prevenir recorrências.
Portanto, a prevenção e a educação sobre o AVC são essenciais, principalmente entre os idosos.
Conhecer os riscos, sintomas e tratamentos não só salva vidas, mas também melhora significativamente a qualidade de vida dos pacientes após o evento.
Agir preventivamente e buscar atendimento médico especializado são as melhores estratégias para enfrentar essa condição.