Entendendo a doença de Parkinson e seus impactos nos idosos
Por: Milena Armando
O Parkinson é uma condição neurológica que afeta principalmente o público idoso, sendo a segunda maior enfermidade degenerativa deste grupo, após o Alzheimer.
Apesar de sua natureza progressiva e crônica, compreender suas características e tratamento é essencial para melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 1% dos indivíduos com mais de 65 anos são afetados por esta condição.
No Brasil, o Ministério da Saúde estima que mais de 200 mil pessoas lidam com esta doença, um número que tende a aumentar com o envelhecimento populacional.
Por que o Parkinson é tão comum entre os idosos?
A Doença de Parkinson manifesta-se predominantemente em idosos devido à degeneração natural das células neurológicas em uma área do cérebro denominada “substância negra”.
Essa degeneração resulta na diminuição da produção de dopamina, um neurotransmissor vital para o controle dos movimentos e coordenação.
O Parkinson pode apresentar diversos sintomas, sendo o tremor o mais visível e frequentemente o primeiro a ser notado.
Entretanto, a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia destaca a bradicinesia, ou seja, a lentidão dos movimentos, como um sinal crucial e muitas vezes subestimado.
Outros sintomas incluem: Rigidez nas articulações; alterações em apenas um lado do corpo; instabilidade postural resultando em quedas frequentes;
Movimentos lentos e passos curtos; dificuldade em controlar a saliva e consequente sialorreia e dores musculares e dificuldade para realizar movimentos precisos.
Tratamento
O tratamento do Mal de Parkinson não leva à cura, contudo, é crucial para mitigar os sintomas e melhorar significativamente a vida do paciente.
Esse tratamento geralmente envolve a administração contínua de medicamentos neuroprotetores que impedem a diminuição de dopamina.
Além disso, dependendo do caso, podem ser recomendadas cirurgias para diminuir os sintomas de rigidez e tremores.
A fisioterapia ajuda na manutenção da mobilidade; fonoaudiologia pode ser necessária para tratar dificuldades na fala; psicoterapia oferece suporte emocional necessário e o home care pode ser indicado para promover maior independência ao paciente.
Com tratamentos adequados e apoio contínuo, é possível conviver com a doença de maneira mais confortável.