2 milhões de idosos: Capital paulista vive "boom" populacional de pessoas idosas

Por: Milena Armando

A cidade de São Paulo está experimentando mudanças significativas em sua demografia. Uma delas é o crescimento da população idosa, que se destaca por sua magnitude e implicações sociais. 

Dados recentes revelam  que a capital paulista abriga mais de 2 milhões de idosos, com uma marcante predominância feminina neste grupo.

Informações da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL) e do Censo Demográfico de 2022, realizado pelo IBGE, revelam não apenas um aumento na quantidade de idosos, mas também as particularidades que acompanham esse fenômeno.

A demografia dos idosos em São Paulo

De acordo com o estudo da SMUL, a população idosa na metrópole ultrapassou a marca dos 2 milhões, representando 17,7% do total de habitantes. Essa proporção supera a das crianças e dos jovens na cidade, indicando uma inversão demográfica significativa. 

Em termos comparativos, o número de idosos em São Paulo equivale à população total de Manaus (AM).

Esse crescimento de 51,1% na população idosa, observado entre 2010 e 2022, reflete uma tendência que também se verifica em escala estadual e nacional, ainda que com variações percentuais. A SMUL aponta para um envelhecimento acelerado, com implicações abrangentes para a sociedade e o planejamento urbano.

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Mulheres: A maioria entre os idosos

Dos mais de 2 milhões de idosos, cerca de 60% são mulheres, totalizando aproximadamente 1,2 milhão. Essa diferença se acentua ainda mais no grupo acima de 80 anos, reforçando a necessidade de políticas públicas específicas que atendam às demandas desse segmento populacional.

Os desafios do envelhecimento populacional

Esse rápido envelhecimento da população coloca diversos desafios para a cidade. Desde questões relacionadas à saúde pública e assistência social até as necessidades de adaptação urbana e infraestrutural. O aumento do número de idosos demanda uma resposta planejada e integral por parte do poder público e da sociedade.

Programas voltados para a saúde geriátrica, lazer e integração social, políticas de inclusão e acessibilidade, são apenas alguns dos aspectos que precisam ser abordados para garantir qualidade de vida a essa parcela da população.

A crescente população idosa de São Paulo reflete mudanças globais nas estruturas demográficas. Apesar dos desafios, ela representa também uma oportunidade para repensarmos nossa sociedade, tornando-as verdadeiramente inclusivas para todas as idades. 

Assim, garantir o bem-estar dos idosos no ambiente urbano é não apenas uma questão de políticas públicas, mas um imperativo social que diz respeito a todos nós.

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