Você sabia? Existe uma forma de acessar seu FGTS sem ser demitido
Trabalhadores brasileiros têm à disposição uma opção que permite o acesso anual a parte dos valores do FGTS, mesmo sem a necessidade de demissão. Trata-se do saque-aniversário, alternativa que oferece maior flexibilidade financeira, mas que ainda é pouco explorada por grande parte da população.
A modalidade, criada como complemento ao tradicional saque-rescisão, autoriza a retirada de um percentual do saldo do Fundo de Garantia no mês de aniversário do trabalhador.
Embora abra caminho para um reforço no orçamento pessoal, a escolha exige atenção redobrada, pois limita o acesso ao valor total da conta em casos de demissão sem justa causa — mantendo apenas o direito à multa rescisória de 40%.
Como funciona o saque-aniversário do FGTS
A adesão é voluntária e pode ser feita a qualquer momento por meio do aplicativo ou site do FGTS. Ao optar por essa modalidade, o trabalhador passa a receber anualmente uma quantia calculada com base em faixas de saldo.
O percentual varia entre 5% e 50%, com o acréscimo de uma parcela fixa, conforme tabela divulgada pela Caixa Econômica Federal.
Quem faz a solicitação até o último dia do mês de aniversário recebe o valor dentro de cinco dias úteis, diretamente na conta bancária informada. A mudança, porém, exige planejamento: quem adere ao saque-aniversário precisa aguardar dois anos para voltar ao modelo tradicional de saque, caso deseje reverter a decisão.
Vale a pena aderir ao saque-aniversário?
A escolha por essa modalidade pode ser vantajosa para trabalhadores que buscam complementar a renda uma vez por ano, especialmente em períodos de maior necessidade financeira.
No entanto, é essencial considerar a estabilidade no emprego e o impacto da renúncia ao saque total em situações de desligamento.
É possível consultar previamente os valores disponíveis para saque, com base na tabela oficial, o que facilita o planejamento. Quem já antecipou parcelas do saque-aniversário via crédito consignado, por exemplo, precisa quitar o valor antes de solicitar o retorno ao sistema de saque por demissão.
Como retornar ao modelo de saque-rescisão
Caso deseje voltar ao formato anterior, o trabalhador deve esperar 24 meses completos a partir do mês seguinte à adesão. O pedido também deve ser feito pela plataforma digital do FGTS.
Durante esse intervalo, continuam sendo liberadas as parcelas anuais, mesmo em caso de demissão — com exceção da multa de 40%, que permanece garantida.
Especialistas recomendam que cada trabalhador avalie sua trajetória profissional, projeções de carreira e perfil de consumo antes de fazer a escolha. Em tempos de instabilidade no mercado de trabalho, a decisão deve ser ainda mais criteriosa.
