Veja como evitar azeites falsos nos supermercados

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu, na última terça-feira (20), a comercialização dos azeites das marcas Alonso e Quintas D’Oliveira.

A medida foi tomada após a constatação de irregularidades nos rótulos, no armazenamento e na autorização legal dos produtos. Segundo a agência, os lotes não atendem aos requisitos mínimos exigidos para que sejam classificados como azeite de oliva de origem confiável.

Para orientar os consumidores sobre como evitar fraudes e possíveis riscos à saúde, confira informações e recomendações práticas para a hora da compra e dicas importantes sobre o armazenamento correto do azeite em casa.

Produtos fora das normas podem conter substâncias prejudiciais

Azeite

De acordo com a especialista Adriane Dias, azeites adulterados podem conter solventes industriais utilizados de forma ilegal no processo de extração, além de contaminantes químicos que comprometem a qualidade nutricional do produto.

“Essas substâncias podem causar alergias, intoxicações e dificultar a absorção de nutrientes essenciais”, alertou Adriane em entrevista ao portal LeoDias.

Em muitos casos, o que é vendido como azeite não passa de misturas com óleos mais baratos, enganando o consumidor tanto na composição quanto no valor cobrado.

Como escolher um azeite de qualidade

A nutricionista recomenda dar preferência a azeites que tragam no rótulo a classificação “extra virgem” ou “virgem”, pois indicam maior pureza. “A acidez é um bom indicativo de qualidade. No azeite extra virgem, por exemplo, ela deve ser de até 0,8%”, explicou.

É fundamental verificar se o produto possui registro na Anvisa ou no Ministério da Agricultura e se o lacre da embalagem está intacto.

Outro ponto de atenção é o tipo de embalagem. “Garrafas escuras são mais eficazes para proteger o azeite da luz e conservar suas propriedades. Também é importante conferir a lista de ingredientes: deve constar apenas ‘azeite de oliva’. Qualquer adição de outros óleos deve ser informada com clareza”, orienta.

Cuidados no armazenamento e sugestões de substituição

Depois de aberto, o azeite deve ser consumido preferencialmente em até seis meses. Para preservar seu sabor e propriedades, o ideal é mantê-lo em local fresco, longe da luz e do calor. Guardar na geladeira não é indicado.

Diante do aumento dos preços, a nutricionista lembra que há alternativas viáveis. “Para cozinhar, o óleo de canola ou de soja é uma opção mais acessível. Já para uso cru, como em saladas, é possível apostar no abacate, sementes, castanhas e até no óleo de linhaça, uma boa fonte de ômega-3 vegetal”, sugere Adriane.

Ela alerta, no entanto, para evitar substituições por manteiga, óleo de coco ou banha de porco, que possuem composição menos favorável à saúde.

A suspensão dos produtos reflete a importância de estar atento ao que se consome. Azeite é item presente na mesa de muitos brasileiros e, por isso, informação e cautela são essenciais para garantir segurança e bem-estar.

Com informações do portal LeoDias.

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