Toneladas de frango muito popular nos mercados foram recolhidas às pressas
Em um recente anúncio que chocou consumidores e investidores, a BRF, uma das maiores produtoras de alimentos do Brasil, comunicou o recolhimento de 164,7 toneladas de carne de frango devido à possibilidade de contaminação por salmonella. Esse evento levanta importantes questões sobre segurança alimentar e as práticas de controle de qualidade na indústria avícola.
O episódio teve início em outubro e novembro do ano passado, quando os lotes contaminados foram distribuídos a partir do frigorífico localizado em Dourados, MS. A detecção tardia deste problema expõe a necessidade de revisão nos processos de monitoramento e resposta rápida em situações de risco à saúde pública.
Salmonella, uma das bactérias mais comuns em casos de intoxicação alimentar, pode causar sintomas severos, como diarreia, febre e cólicas abdominais. A ingestão de apenas uma pequena quantidade contaminada de alimentos pode levar a doenças significativas, especialmente em crianças, idosos e aqueles com sistema imunológico comprometido.
Áreas atingidas
Além do recall já citado, a BRF também está retirando preventivamente 299,6 toneladas de carne de frango destinadas ao mercado internacional. Os produtos afetados incluem cortes variados como coxa, sobrecoxa, meio peito, filezinho e coração, todos vendidos em treze diferentes estados brasileiros, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
A empresa também realizou um bloqueio total dos lotes ainda não comercializados e está procedendo com o recolhimento de produtos que possivelmente já foram adquiridos por consumidores finais.
Segundo o comunicado da BRF, há um esforço concentrado na investigação das causas desse episódio de contaminação. Especialistas foram recrutados para entender a origem e implementar medidas que evitem futuros contratempos. Importante ressaltar que, de acordo com a empresa, esse caso representa menos de 0,1% de toda a sua produção mensal, o que, embora pareça pequeno, levantou significativa atenção de órgãos reguladores e do público.