Termômetro vai ser totalmente proibido pela Anvisa
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou, nesta terça-feira (24), a proibição da fabricação, importação, comercialização e uso em serviços de saúde de termômetros e esfigmomanômetros com coluna de mercúrio em todo o território brasileiro. A resolução foi publicada no Diário Oficial da União e visa diminuir a presença de mercúrio, um metal pesado e tóxico, no meio ambiente.
Os equipamentos abrangidos por essa resolução são aqueles que possuem uma coluna transparente contendo mercúrio, utilizados para medir a temperatura corporal e pressão arterial. Embora a proibição cubra a maioria dos usos, ela não se aplica a produtos destinados à pesquisa, calibração de instrumentos ou como padrão de referência.
Por que a Anvisa proibiu os termômetros e esfigmomanômetros com mercúrio?
De acordo com a Anvisa, a decisão faz parte de um esforço global para reduzir o uso de mercúrio, conforme determinado pela Convenção de Minamata, que ocorreu no Japão em 2013. A convenção, da qual o Brasil é signatário, estabeleceu que o uso de mercúrio deveria ser reduzido até 2020, a fim de minimizar os riscos ambientais e à saúde humana.
Confira alguns pontos importantes desta resolução:
- Equipamentos com mercúrio são perigosos para o meio ambiente quando descartados incorretamente.
- Termômetros e esfigmomanômetros digitais são alternativas mais seguras e sustentáveis.
- Esses dispositivos eletrônicos possuem a mesma precisão dos modelos com mercúrio, segundo o Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade.
Impactos ambientais do mercúrio
Embora o mercúrio não represente um perigo imediato para quem usa os termômetros ou esfigmomanômetros, ele se torna extremamente tóxico quando descartado e entra em contato com o meio ambiente. Isso pode levar a contaminação de solos e recursos hídricos, afetando a saúde de animais e seres humanos.
Vale lembrar que o mercúrio é um elemento que não se biodegrada facilmente, aumentando seu potencial de acúmulo no ecossistema. A Anvisa recomenda que os equipamentos com mercúrio retirados de uso sigam as Boas Práticas de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde, estipuladas pela própria agência em 2018.