Tempestade de neve deve chegar ao Brasil nos próximos dias
A chegada da primeira onda de frio de 2025 está prevista para o final de maio e promete derrubar as temperaturas em boa parte do Brasil.
De acordo com o Instituto Climatempo, uma massa de ar polar de grande intensidade deve avançar pela América do Sul, atingindo regiões do Sul, Sudeste, Centro-Oeste e também estados da Região Norte, como Rondônia, o Acre e o sul do Amazonas.
O fenômeno, segundo os meteorologistas, é resultado de um sistema atmosférico atípico para esta época do ano. Modelos meteorológicos de alta performance indicam que essa massa de ar frio terá características continentais, ou seja, seu deslocamento ocorrerá pelo interior do continente e não sobre o oceano.
Esse fator aumenta o potencial de resfriamento severo, especialmente nas regiões interioranas do Sudeste e do Centro-Oeste, além de provocar a chamada friagem em pontos da Amazônia.
“Essa é uma situação climática relevante, com potencial de provocar temperaturas negativas em várias regiões brasileiras, inclusive fora das áreas serranas”, destaca o boletim do Climatempo.
Frio se espalha com chuvas e geada

A entrada do ar polar deve coincidir com a formação de uma frente fria, que trará chuvas ao Sul do Brasil e também ao Paraguai, já a partir do dia 27 de maio. No dia seguinte, a instabilidade avança para São Paulo e Mato Grosso, enquanto o ar frio se espalha por Mato Grosso do Sul.
Nos dias 29 e 30 de maio, a previsão é de queda acentuada nas temperaturas no Sul do país, em Mato Grosso do Sul e também em áreas do oeste e sul de Mato Grosso. Nessas datas, o vento gelado poderá alcançar parte de Rondônia e do Acre. Em São Paulo, a nebulosidade e as chuvas ainda devem impedir uma queda mais brusca da temperatura, mantendo o calor em algumas áreas do Sudeste e do Centro-Oeste.
Termômetros abaixo de zero e impactos na agricultura
Os estados do Sul — Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul — devem registrar temperaturas negativas. A novidade, segundo os meteorologistas, é que o frio intenso poderá atingir áreas fora das serras, ampliando o risco de geada generalizada.
“A intensidade do frio pode provocar geadas moderadas a fortes, com potencial de danos à agricultura, especialmente nas lavouras mais sensíveis às baixas temperaturas”, aponta o instituto.
Neve e ciclone extratropical em observação
A possibilidade de neve e de precipitações invernais também está no radar dos especialistas. Isso dependerá da presença de um ciclone extratropical sobre o oceano, que ajudaria a manter a umidade necessária para a formação de nuvens capazes de produzir o fenômeno.
Com o solstício de inverno marcado para 20 de junho, essa primeira onda de frio marca a transição para a estação mais fria do ano no Hemisfério Sul e pode antecipar um inverno rigoroso em diversas regiões do país.