Submarino que implodiu a caminho do Titanic tem última mensagem revelada
Responsável pela principal investigação do caso, até hoje não concluída, a Guarda Costeira Americana abriu nesta segunda-feira uma semana de audiências públicas para revelar detalhes do que já foi descoberto sobre a implosão do submarino Titan. Durante a sessão desta segunda, autoridades da instituição revelaram que o Titan nunca foi revisado por técnicos de fora da empresa que criou o submarino, a OceanGate.
A Guarda Costeira afirmou também que, antes de submergir na expedição que terminou em sua implosão, o Titan foi exposto a condições climáticas e outros elementos por meses, durante seu armazenamento, o que pode ter deteriorado seu casco.
A revelação de que o Titan nunca passou por revisão externa foi um dos pontos mais chocantes das audiências até agora. Segundo as autoridades, a ausência de uma análise técnica de fora pode ter contribuído significativamente para a tragédia. Técnicos independentes poderiam ter identificado problemas no casco ou em outros componentes críticos do submarino.
Últimas palavras do comandante do Titan
Durante a audiência, foi revelado que as últimas palavras do comandante do Titan foram enviadas através de um sistema de comunicação entre o submarino e o centro de comando, em um navio em alto-mar: “Está tudo bem aqui”. Logo após o envio dessas últimas palavras, as comunicações com o submarino foram perdidas, conforme informou a Guarda Costeira nesta segunda-feira.
Dias depois do desaparecimento do Titan, as equipes de buscas encontraram destroços do submarino a 3.600 metros abaixo da superfície. A bordo, estavam cinco pessoas, incluindo o presidente da OceanGate, bilionários e um pesquisador. As autoridades afirmam que o submarino havia implodido.
Ainda há muitas dúvidas sobre se os tripulantes tomaram conhecimento de que havia algo de errado ou não no submarino. Durante os trabalhos de buscas, sondas registraram ruídos repetidos que as equipes suspeitaram que poderiam ser batidas de dentro do Titan com pedido de ajuda. No entanto, esta hipótese nunca foi comprovada, e os investigadores afirmaram que o mais provável é que as falhas não tenham sido notadas antes da implosão.
Com a esperança de trazer mais clareza sobre a tragédia, a expectativa é que as investigações e os relatórios subsequentes possam evitar futuras tragédias semelhantes e melhorar a segurança em explorações submarinas.