Sonha em parar de trabalhar? Veja quanto você deve investir mensalmente
Conquistar a independência financeira e viver de rendimentos é um objetivo que pode ser alcançado com planejamento estratégico e disciplina para poupar parte da renda.
De acordo com Anderson Miranda, Head de Distribuição da assessoria de investimentos W1 Capital, para obter uma renda mensal de R$ 10 mil, é necessário acumular cerca de R$ 1,8 milhão em investimentos, o que exige aportes regulares e escolhas financeiras bem fundamentadas.
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Quanto investir para acumular R$ 1,8 milhão
De acordo com cálculos de Miranda, o valor que deve ser reservado mensalmente varia conforme o prazo estipulado. Ele apresentou duas simulações com base em um perfil conservador, considerando aplicações em Títulos do Tesouro Selic e CDBs que oferecem rendimentos de 100% do CDI:
- R$ 9.000 por mês durante 10 anos.
- R$ 4.700 por mês durante 15 anos.
Esses investimentos, atualmente, apresentam um retorno aproximado de 0,8% ao mês ou 10% ao ano.
Como funcionam os investimentos conservadores
Os Títulos do Tesouro Selic são empréstimos ao governo federal, cujo rendimento está vinculado à taxa básica de juros. Já os CDBs (Certificados de Depósito Bancário) são títulos emitidos por bancos, com rendimento atrelado ao CDI, índice que acompanha a Selic.
Para prazos mais longos, existe a possibilidade de diversificar a carteira com ativos de renda variável, como ações ou fundos de investimentos, que oferecem maior potencial de retorno, mas também trazem riscos de perdas financeiras.
Onde investir para gerar renda passiva
Ao atingir o objetivo de R$ 1,8 milhão, é essencial direcionar os recursos para ativos que garantam liquidez e permitam um fluxo constante de renda mensal. Miranda recomenda uma estratégia diversificada, composta por:
- Títulos do Tesouro Direto IPCA+: protegem o patrimônio contra a inflação, já que são atrelados ao índice oficial do país.
- ETFs que pagam dividendos: fundos que replicam índices de mercado e distribuem parte dos lucros aos investidores.
- Fundos Imobiliários (FIIs): investem em ativos como shopping centers, galpões logísticos e escritórios comerciais, com potencial de geração de renda regular.
Segundo Miranda, a combinação desses ativos pode proporcionar um retorno médio de 0,6% ao mês, suficiente para suprir as despesas sem comprometer o capital acumulado.
Riscos e recomendações
Embora atrativos, os ETFs e FIIs estão sujeitos à volatilidade do mercado, podendo enfrentar desvalorização ou até a suspensão do pagamento de dividendos. Por isso, é fundamental estudar detalhadamente cada ativo ou contar com a orientação de um profissional qualificado.
Com uma estratégia sólida e disciplina financeira, a conquista da independência financeira pode se tornar realidade, permitindo que o investidor viva exclusivamente dos rendimentos acumulados ao longo dos anos.