Solidariedade em Territórios Remotos: INSS e os Indígenas!
A solidariedade estende seus braços até os territórios remotos onde vivem os povos indígenas, muitas vezes alheios à existência da Previdência Social e dos serviços a que têm direito. Para preencher essa lacuna, o Programa de Educação Previdenciária (PEP) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) lançou o projeto “Educação Previdenciária para os Povos Originários”.
A necessidade dessa iniciativa tornou-se evidente ao reconhecer que uma parte significativa dessa população enfrenta dificuldades no acesso aos benefícios previdenciários não apenas devido à sua localização geográfica remota, mas também devido à barreira linguística, uma vez que muitos indígenas desses grupos não falam português.
O projeto-piloto, já integrado ao Plano Plurianual (PPA) 2024/2027, concentra-se nos indígenas Wãri (Txapacura) em Rondônia e nas tribos do Alto Solimões, no Amazonas. A primeira fase, agendada para 7 a 9 de novembro, consistirá no curso “Disseminadores das informações previdenciárias para lideranças indígenas”. Este curso será ministrado por Saulo Sampaio Macedo e Alexandre Fortunato Silva, com coordenação pedagógica liderada por Sandra Luna.
Solidariedade em Territórios Remoto
Nesta etapa, 27 participantes serão capacitados nos princípios básicos da legislação previdenciária, preparando-se para atuar como multiplicadores das informações quando em missões junto a esses povos. A segunda turma, programada para 28 a 30 de novembro de 2023 na Região do Alto Solimões, em Tabatinga/AM, contará com os educadores Niéliton Sandson da Costa Góis e Maria Luciene da Silva Azevedo.
O projeto não se limita apenas ao ensino presencial. Uma parte crucial envolve a produção de vídeos educativos do PEP em algumas línguas indígenas, numa parceria articulada com a Fundação Nacional do Índio (Funai) e o Museu Emílio Goeldi. A meta é disponibilizar informações previdenciárias em formatos acessíveis às comunidades que não se comunicam no idioma português.
A visão de futuro do projeto inclui a expansão de parcerias a partir de 2024, envolvendo instituições de ensino e de preservação da cultura indígena. Essas colaborações visam proporcionar maior alcance e eficácia ao projeto, fortalecendo ainda mais a conexão entre os serviços previdenciários e os povos indígenas em regiões remotas. Essa iniciativa é um passo significativo em direção à construção de uma sociedade mais inclusiva e solidária, reconhecendo a importância de assegurar os direitos previdenciários a todos, independentemente de sua localização geográfica ou linguagem falada.