“Seres vivos” são encontrados na superfície de Marte
O mais recente feito da exploração espacial veio do orbitador Mars Express, operado pela Agência Espacial Europeia. Durante sua missão, identificou-se o que parece serem “aranhas” na região polar sul de Marte, fenômeno este que excitou cientistas e entusiastas do espaço ao redor do mundo.
As formas que lembram aranhas observadas pelo Mars Express não são organismos vivos, mas sim padrões geológicos únicos. Cientistas explicam que essas formações são resultados da sublimação do dióxido de carbono (gelo seco), que passa diretamente do estado sólido para o gasoso, criando padrões sombrios sobre a superfície marciana que se assemelham a aranhas.
Como o fenômeno das “aranhas” é estudado
Pesquisadores da Open University no Reino Unido têm liderado estudos para entender melhor este processo. A investigação revelou que durante a primavera em Marte, a interação entre o sol e o gelo seco nas regiões polares leva à formação de gêiseres de dióxido de carbono. Esses gêiseres são tão poderosos que conseguem mover o solo marciano e moldar essas intrigantes formações aracnídeas.
Entender esses padrões não é somente uma questão de curiosidade científica, mas também é vital para as futuras missões tripuladas a Marte. Estudar estas formações ajuda os cientistas a entenderem melhor as condições atmosféricas e geológicas do planeta, fundamentais para garantir a segurança e sucesso de futuras colonizações humanas no planeta vermelho.
Além de esclarecer sobre as condições do solo marciano, esses estudos oferecem insights importantes sobre as dinâmicas climáticas e processos erosivos em Marte, ampliando nossa compreensão sobre o universo e reforçando o quão pouco ainda sabemos sobre os corpos celestes que nos cercam.
As recentes descobertas feitas pelo orbitador Mars Express destacam a importância da exploração espacial contínua. O entendimento que temos sobre Marte continua a crescer graças a missões como essa da ESA, que nos permite, mesmo a milhões de quilômetros de distância, estudar e admirar os mistérios do universo.