Salário mínimo pulou para quase R$ 1.700
O piso salarial regional do Rio Grande do Sul foi reajustado em 5,25%, conforme decisão oficializada em dezembro de 2024 pelo governo estadual.
A atualização, que entrou em vigor neste mês, busca preservar o poder de compra dos trabalhadores e garantir a competitividade econômica frente a estados com perfis produtivos semelhantes.
A medida, que não tem efeito retroativo, tem como foco reequilibrar relações de trabalho em segmentos que não contam com convenções coletivas, além de incentivar a formalização de empregos.
Novas faixas salariais refletem complexidade das funções

O novo piso regional está segmentado em cinco faixas, organizadas de acordo com a natureza e a exigência técnica de cada atividade profissional. Veja os valores vigentes:
- Faixa I – R$ 1.656,52: trabalhadores em agricultura, pecuária, pesca e serviços domésticos.
- Faixa II – R$ 1.694,66: empregados em vestuário, calçados, saúde e limpeza.
- Faixa III – R$ 1.733,10: profissionais das indústrias químicas, moveleiras e do comércio geral.
- Faixa IV – R$ 1.801,55: atuantes nos setores metalúrgico, gráfico e de administração escolar.
- Faixa V – R$ 2.099,27: destinada a técnicos de nível médio em áreas especializadas.
A reestruturação salarial foi aprovada sem resistência por parte do legislativo estadual e já está valendo para os contratos vigentes.
Efeitos no mercado de trabalho e na economia
Segundo especialistas, a correção do piso pode gerar impactos positivos no consumo, ao aumentar a renda disponível para famílias gaúchas. No entanto, setores empresariais demonstram preocupação com o aumento de custos operacionais, principalmente em micro e pequenas empresas.
O governo estadual afirma que a iniciativa foi pensada para conciliar os interesses de empregadores e empregados, promovendo desenvolvimento sem comprometer a sustentabilidade econômica.
Salário mínimo nacional x piso regional
Vale lembrar que o salário mínimo nacional, fixado pelo governo federal para 2025, é de R$ 1.518,00. Já o piso regional, aplicado apenas no estado do RS, serve como uma referência superior para categorias que não têm acordos coletivos específicos.
A diferença entre os dois valores reforça a estratégia estadual de valorizar a força de trabalho local, ajustando as remunerações de acordo com as condições socioeconômicas regionais.
Comparativo com outros estados brasileiros
Assim como o Rio Grande do Sul, outras unidades federativas têm adotado medidas semelhantes, revisando seus pisos regionais com base na inflação acumulada, na atividade econômica e na demanda por mão de obra.
O movimento é interpretado por analistas como um esforço nacional para manter o mercado de trabalho aquecido e proteger os trabalhadores em um cenário de incertezas econômicas.