Salário da Seleção Brasileira feminina não chega nem perto do masculino
Enquanto o futebol masculino e feminino conquistam cada vez mais espaço e reconhecimento, a diferença do salário dos jogadores e jogadoras ainda é um tema que chama atenção.
No Brasil, essa disparidade se destaca ainda mais quando se compara os vencimentos das atletas da Seleção Brasileira feminina com os de seus colegas da equipe masculina. Apesar dos avanços e das recentes vitórias no campo, a diferença entre os salários permanece evidente, refletindo as desigualdades que ainda marcam o esporte.
No futebol masculino, os astros da Seleção Brasileira que jogam em grandes clubes europeus recebem salários milionários. Vini Jr., atacante do Real Madrid, é o jogador mais bem pago da equipe, com um salário anual de € 20,8 milhões (R$ 122 milhões), o que equivale a aproximadamente R$ 10 milhões por mês.
Outros jogadores, como Marquinhos, do PSG, e Éder Militão, também do Real Madrid, seguem com vencimentos que giram em torno de € 16,8 milhões e € 14,6 milhões por ano, respectivamente.
Enquanto isso, as jogadoras da Seleção Brasileira feminina, apesar de todo o talento e dedicação, ainda enfrentam uma realidade financeira muito distante.
Mesmo com a visibilidade crescente e a melhoria nos contratos, a remuneração das atletas permanece muito inferior à dos homens. As diferenças não se limitam aos salários pagos pelos clubes, mas também às premiações e aos bônus oferecidos pelas competições.
O contexto da disparidade do salário no esporte
A discrepância salarial entre homens e mulheres no esporte reflete não apenas a diferença de receitas geradas pelos campeonatos masculinos e femininos, mas também questões culturais e históricas que afetam a valorização do futebol feminino.
Enquanto os clubes europeus e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) investem fortemente no futebol masculino, garantindo contratos milionários e uma infraestrutura de ponta, o futebol feminino ainda luta por reconhecimento e investimentos proporcionais.
Essa desigualdade se manifesta não só na folha de pagamento, mas também nas condições de trabalho e nas oportunidades oferecidas às jogadoras.
No cenário global, as seleções femininas dos Estados Unidos e da Noruega já obtiveram vitórias significativas na luta por igualdade salarial. No entanto, no Brasil, o caminho para que as jogadoras recebam o mesmo reconhecimento e valorização financeira ainda é longo.
A luta por igualdade no futebol
Apesar das diferenças salariais, as jogadoras da Seleção Brasileira feminina continuam a mostrar seu talento em competições internacionais. Recentemente, o Brasil enfrentou os Estados Unidos na final do torneio de futebol feminino nos Jogos Olímpicos de Paris-2024.
Esse confronto histórico entre as duas potências do futebol feminino destacou não só a qualidade técnica das equipes, mas também a necessidade urgente de uma reavaliação das condições oferecidas às atletas.