Renda dos Aposentados: Você já ouviu falar no efeito achatamento do benefício do INSS?
A renda dos aposentados brasileiros está sob os holofotes devido a um fenômeno chamado “efeito achatamento” do benefício do INSS. Em 2024, mais de 26 milhões de aposentados e pensionistas receberão o salário mínimo, um aumento de 350 mil em relação ao ano anterior. O reajuste, de 6,97%, se aplica apenas ao salário mínimo, enquanto aqueles que recebiam acima desse valor terão uma correção de 3,71%, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
A mudança significativa na distribuição dos benefícios previdenciários torna-se evidente com a crescente quantidade de beneficiários recebendo o salário mínimo em 2024, totalizando 26,28 milhões. Em contrapartida, apenas 12,97 milhões de aposentados terão renda mensal superior ao piso, representando um terço do total de beneficiários.
No cenário de dezembro de 2023, a disparidade entre aqueles que recebiam até um salário mínimo (25.931.724) e os beneficiários com rendimento acima desse valor (13.370.823) era mais acentuada. O efeito “achatamento” resulta da discrepância nos reajustes, gerando uma aproximação entre os que ganham menos, com 6,97% de aumento, e os que auferiam rendas mais altas, limitados a 3,71%.
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ressalta que a análise da base de dados não permite afirmar que os benefícios foram achatados exclusivamente devido ao reajuste menor para quem ganha acima do mínimo. A instituição sugere que entre os 350.982 beneficiários podem estar inclusos novos benefícios concedidos, não se restringindo apenas aos segurados que passaram a receber o salário mínimo.
Diante desse contexto, a atenção recai sobre as nuances das políticas previdenciárias e os impactos na distribuição de renda entre os aposentados e pensionistas, levando a reflexões sobre a equidade e sustentabilidade do sistema previdenciário brasileiro.