Renata Paralisa Jornal Nacional para Alertar Sobre Temperaturas Perigosas
No último dia 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, Renata Vasconcellos, apresentadora do Jornal Nacional, paralisou a transmissão para alertar sobre novos recordes de calor e a aceleração do aquecimento global.
Cientistas anunciaram que o mês de maio foi o mais quente já registrado, marcando o 12º mês consecutivo de recorde de temperatura. Este alerta enfatiza que o planeta enfrenta um risco crescente de temperaturas perigosas nos próximos cinco anos, ultrapassando os limites estabelecidos pelo histórico Acordo de Paris.
Renata lembra acordo de Paris
O Acordo de Paris tem como meta limitar o aquecimento global a 1,5º C acima dos níveis pré-industriais até o final deste século, um teto considerado seguro para evitar os piores impactos das mudanças climáticas.
No entanto, a União Europeia e a Organização Meteorológica Mundial (OMM) relataram que a temperatura média global ultrapassou esse limite no último mês de maio. De acordo com a OMM, o risco de a temperatura global ultrapassar temporariamente 1,5º C nos próximos anos aumentou significativamente, passando de quase zero em 2015 para 8 em uma escala de 0 a 10 atualmente.
Essa mudança alarmante é atribuída ao aumento contínuo das emissões de gases poluentes pela humanidade, em vez de reduzi-las.
A situação é particularmente preocupante para o Nordeste brasileiro, que deve enfrentar chuvas abaixo da média em 2024, conforme prevê o relatório da OMM. Especialistas alertam para a possibilidade de secas severas com danos fatais nos próximos cinco anos.
A vice-chefe da organização destacou que as chuvas extremas que causaram enchentes no Rio Grande do Sul são agora duas vezes mais prováveis devido às mudanças climáticas.
Em um discurso impactante em Nova York, o secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, comparou os humanos ao meteoro que causou a extinção dos dinossauros, afirmando: “Não estamos apenas em perigo. Nós somos o perigo. Mas também a solução”.
O Relógio do Juízo Final e a Urgência das Ações Climáticas
A urgência das ações climáticas é reforçada pela atualização do Relógio do Juízo Final (“doomsday clock”), mantido pelo grupo de cientistas do Bulletin of the Atomic Scientists. Em janeiro deste ano, o relógio permaneceu a 90 segundos da meia-noite, a marca mais próxima do fim do mundo desde sua criação em 1947.
Esta marcação, introduzida pela primeira vez em 2023, reflete a crescente ameaça que a humanidade enfrenta, tanto de crises ambientais quanto de outras catástrofes. A manutenção dessa marca em 2024 sublinha a necessidade urgente de ações globais coordenadas para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e reduzir as emissões de gases poluentes.
A interrupção do Jornal Nacional por Renata Vasconcellos serve como um lembrete poderoso de que o tempo está se esgotando para evitar os piores impactos das mudanças climáticas. A responsabilidade recai sobre todos – governos, empresas e indivíduos – para implementar soluções eficazes e sustentáveis para proteger o planeta para as futuras gerações.