Remédios vão sofrer reajuste e ficar mais caro nos próximos dias
O reajuste anual dos preços de medicamentos é um tema de grande relevância tanto para consumidores quanto para a indústria farmacêutica.
Este processo é regulado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), que estabelece um teto para o aumento dos preços, garantindo que as farmácias e laboratórios não ultrapassem esse limite.
A CMED é composta por membros de diferentes ministérios e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que juntos determinam os critérios para o reajuste.
Como é o processo de reajuste?
O índice de reajuste é baseado em diversos fatores, incluindo a inflação e os custos de produção. Em 2025, a expectativa é que o teto de aumento seja de 5,06%, segundo projeções do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma). No entanto, o reajuste médio deve ser inferior a esse valor, estimado em cerca de 3,48%, o que representa o menor aumento médio desde 2018.
O processo de reajuste de preços de medicamentos começa com a definição do índice pela CMED, que é publicado no Diário Oficial da União. A partir da publicação, as empresas farmacêuticas podem ajustar os preços de seus produtos, mas sempre respeitando o teto estabelecido.
Os preços dos medicamentos são regulados com base no valor máximo de venda, também definido pela CMED. As farmácias e laboratórios devem respeitar esse limite, sob pena de punições em caso de descumprimento.
Qual é o impacto do reajuste para os consumidores?
Embora o reajuste seja autorizado, o impacto no consumidor pode não ser imediato. Fatores como a competição entre farmácias e os estoques existentes podem retardar a aplicação dos novos preços.
Para os consumidores, é essencial pesquisar as melhores ofertas nas farmácias e drogarias, garantindo que os medicamentos prescritos sejam adquiridos a preços justos.
A Anvisa recebe denúncias de preços abusivos por meio de um formulário digital, garantindo que os consumidores possam relatar irregularidades.
Preocupações da indústria farmacêutica
O setor farmacêutico expressa preocupações quanto ao impacto do reajuste limitado nos investimentos futuros.
O Sindusfarma alerta que o menor aumento médio em sete anos pode afetar negativamente os investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) de novos produtos, além da modernização e construção de novas fábricas.
A indústria teme que a restrição nos reajustes comprometa a capacidade de inovação e expansão do setor no país.
Apesar das preocupações, o reajuste controlado busca equilibrar os interesses dos consumidores e da indústria, garantindo que os medicamentos permaneçam acessíveis enquanto se mantém a viabilidade econômica do setor farmacêutico.