Qual a porcentagem de desconto do INSS?
Mesmo sem ser uma obrigação, muitos profissionais que trabalham por conta própria optam por contribuir para o INSS para garantir direitos como aposentadoria, pensão por morte, salário-maternidade, entre outros.
Mas, junto com a chegada do novo ano, vem também o reajuste dos valores dos benefícios e das contribuições, em muitos casos impactando diretamente no orçamento desse grupo de trabalhadores. Hoje, vamos falar especificamente sobre a tabela do INSS para autônomo em 2023.
Em janeiro de 2023, houve a atualização das faixas de contribuição na tabela do INSS, que passa a levar em consideração o salário-mínimo vigente e índice do INPC. Esta alteração modificou as condições e obrigações dos contribuintes autônomos e outros tipos de beneficiários.
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Entendendo a contribuição do INSS e seus impactos
A contribuição ao INSS é realizada de diferentes maneiras, dependendo do tipo de trabalho de cada indivíduo. Para trabalhadores em regime CLT, a contribuição é realizada através do desconto direto do salário, sendo a empresa responsável pelo recolhimento da guia.
Os empresários, por outro lado, têm o valor do INSS descontado da remuneração do pró-labore, enquanto trabalhadores autônomos possuem a opção de recolher ou não a guia da contribuição ao INSS. Caso essa opção seja feita, é necessário realizar a inscrição na Previdência Social e gerar a guia de recolhimento, que pode ser paga mensal ou anualmente.
O INSS também tem regras específicas para os Microempreendedores Individuais (MEI), que devem pagar a alíquota do INSS juntamente com outros impostos por meio de uma única tarifa, a DAS. Além disso, existe a possibilidade de realizar a contribuição facultativa ao INSS, caso em que trabalhadores sem renda, como estudantes e donas de casa, podem contribuir com o INSS para ter seus direitos garantidos.
Mudanças na tabela do INSS para autônomo em 2023
Com a Reforma Trabalhista, diversas mudanças foram colocadas em prática, incluindo a forma de cálculo da contribuição do INSS para autônomo. Inicialmente, a cobrança era feita em uma faixa que variava de 8% a 11%.
No entanto, a partir de 2023, o cálculo passa a ser feito de forma progressiva, ou seja, o valor a ser contribuído aumenta à medida que o salário do contribuinte também aumenta. Nesse novo modelo, o teto de contribuição é de R$ 7.087,22.
Como fica a tabela do INSS para autônomo em 2023?
Com as mudanças, os autônomos passam a pagar, de forma geral, uma alíquota de 20% sobre um valor que varia entre o salário mínimo e o Teto do INSS (R$ 7.087,22 em 2023). Também é possível pagar uma alíquota reduzida de 11% sobre o salário mínimo, e os trabalhadores de baixa renda podem pagar uma alíquota de 5%, também sobre o salário mínimo.
Os valores e as condições de pagamento também sofrem alterações para outros profissionais que devem pagar o INSS em 2023, incluindo aqueles empregados em regime CLT, empregados domésticos, trabalhadores avulsos, MEIs, trabalhadores rurais e contribuintes facultativos. Para todas essas categorias, os valores a serem pagos em 2023 sofreram um reajuste.
Como pagar o INSS em 2023?
A forma de pagamento do INSS em 2023 varia em relação ao tipo de contribuinte. Para os empregados domésticos e trabalhadores avulsos, o valor do INSS é descontado diretamente na folha de pagamento. Autônomos devem emitir o Guia da Previdência Social (GPS) no site da Previdência Social ou adquirir o carnê em papelarias credenciadas, e o pagamento pode ser realizado mensal ou anualmente.
O MEI realiza o pagamento do INSS por meio do DAS, documento que já contém o pagamento do INSS e de outros impostos que podem ser ICMS e/ou ISS. Já a contribuição facultativa ou o pagamento enquanto segurado especial é feito da mesma forma que o contribuinte autônomo, ou seja, é preciso emitir o GPS no site do INSS e efetuar o pagamento.
Portanto, é importante que todos os trabalhadores autônomos estejam atentos às alterações anuais da tabela do INSS para se planejarem financeiramente e garantirem seus direitos.