Por que jovens é a metade dos contratos com o Minha Casa, Minha Vida
Entre 2021 e 2024, o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida (MCMV) tem sido impulsionado principalmente por jovens de 18 a 30 anos, que responderam por 51% das contratações.
Essa alta participação reflete um desejo crescente entre jovens brasileiros de conquistar a casa própria, desafiando a percepção de que prefeririam experiências a bens materiais.
Acesso facilitado ao crédito e expansão do programa
- Condições mais favoráveis: As taxas de juros reduzidas do MCMV, limitadas a 8,16%, tornam o financiamento acessível a jovens com rendas menores. Além disso, o programa permite financiamento com ou sem entrada e a possibilidade de uso do FGTS.
- Ajustes de renda nas faixas: Em 2023, as faixas de renda foram expandidas, o que ampliou o acesso ao programa para mais jovens. O aumento nos tetos de renda para as faixas 1 e 2 permitiu que mais pessoas, mesmo com uma remuneração inicial limitada, conseguissem financiar imóveis.
- Possibilidade de compra na planta: Muitos jovens optam por imóveis na planta, o que oferece facilidades como o parcelamento da entrada e a possibilidade de iniciar o financiamento somente após a entrega das chaves.
Perfil econômico da geração Z
Jovens compradores geralmente optam por apartamentos menores e mais funcionais, como estúdios de 30 a 40 m². Esse perfil reduz os custos de aquisição e manutenção, o que é importante para aqueles com orçamentos apertados e que priorizam experiências em vez de grandes espaços.
Além do pragmatismo financeiro, a sustentabilidade é um valor importante para essa geração. Muitos preferem locais com infraestrutura para bicicletas, transporte público próximo e áreas comuns bem planejadas. Espaços compartilhados como coworkings e áreas de lazer coletivas são pontos de atração, refletindo o estilo de vida colaborativo dessa geração.
A crise econômica e o aumento dos aluguéis influenciam a preferência dos jovens pela compra. Ter um imóvel próprio representa segurança em relação à estabilidade financeira e evita a exposição à alta dos aluguéis.
Jovens que antes poderiam ter optado pelo aluguel agora tem a possibilidade real de um patrimônio próprio, adaptado ao seu estilo de vida e realidade econômica.