Por onde andam as notas de R$ 200? Entenda motivo delas não aparecerem mais

A introdução da cédula de 200 reais em setembro de 2020 foi um marco no sistema monetário brasileiro, trazendo consigo a imagem do lobo-guará, um dos símbolos da fauna brasileira.

O lançamento da nova nota ocorreu em um momento de crise econômica e social devido à pandemia de COVID-19, o que gerou uma série de expectativas sobre o impacto da célula na economia. No entanto, três anos após sua introdução, muitos se perguntam: por onde andam as notas de R$ 200?

A criação da cédula de R$ 200

A decisão de criar uma cédula de 200 reais foi tomada pelo Banco Central do Brasil (BCB) em meio ao caos da pandemia de COVID-19, refletindo a necessidade de ajustes econômicos rápidos. O contexto que motivou essa escolha pode ser resumido em três fatores principais:

  • A pandemia e os desafios econômicos: O Brasil, como muitos outros países, causou prejuízos imensos com a crise sanitária. Para amenizar os impactos da pandemia, o governo lançou medidas de ajuda emergencial, que fornecem uma logística robusta de distribuição.
  • Aumento da demanda por dinheiro em espécie: Durante os primeiros meses da pandemia, muitos brasileiros preferiram sacar e guardar o dinheiro em casa, criando uma espécie de “reserva pessoal” devido à incerteza do momento.
  • Eficiência logística: Do ponto de vista operacional, a cédula de 200 reais permite o transporte e armazenamento de valores maiores em volumes menores.

Baixo nível de circulação

Após três anos da introdução da cédula de R$ 200, os números de circulação revelaram uma realidade bem diferente da esperada.

Em vez de se tornar uma cédula amplamente utilizada, como ocorreu com outras denominações de valores mais baixos, a nota de 200 reais tem se mostrada uma presença rara nos bolsos dos brasileiros.

O Banco Central divulgou que, de aproximadamente 450 milhões de cédulas de 200 reais impressas, apenas cerca de 30% estão realmente em circulação, uma porcentagem muito abaixo das expectativas iniciais.

Fatores que contribuíram para a baixa circulação:

  • A popularização dos pagamentos digitais: Com a introdução do Pix, o sistema de pagamento instantâneo desenvolvido pelo Banco Central, o Brasil viu uma influência nas transações digitais, aumentando a necessidade de usar dinheiro em espécie.
  • Expansão do uso de cartões de crédito e débito: A maior adesão a pagamentos por meio de cartões, até mesmo em transações de valores baixos, fez com que as pessoas não sentissem a necessidade de ter grandes quantias em espécie.
  • A inflação e o poder de compra: Embora a cédula de R$ 200 tenha sido introduzida em uma época de alta inflação, a escalada de preços fez com que o valor real da cédula se depreciasse ao longo do tempo.
  • Questões de segurança: A alta denominação da cédula de 200 reais também gerou preocupação com a segurança. Muitos estabelecimentos e consumidores preferem evitar o treinamento de notas de alto valor, tanto para evitar furtos quanto por questões de falsificação.

O futuro dessa nota, ainda que incerto, reflete as transformações econômicas e tecnológicas pelas quais o Brasil está passando, em direção a uma economia cada vez mais digital.

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