Polícia descobre como criminosos estavam roubando dados do INSS

Polícia Federal identificou dispositivos ilegais instalados em computadores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSSem Brasília, com a intenção de roubar dados.

A informação foi divulgada inicialmente pelo Metrópoles e confirmada pela TV Globo. Segundo a PF, não houve roubo de dados de beneficiários, pois o sistema do INSS está criptografado desde maio.

Os dispositivos, conhecidos como “chupa-cabras”, foram encontrados em vários andares do prédio do INSS, incluindo o andar da Presidência.

Roubo de dados em máquinas do INSS

investigação ainda está em andamento e nenhum suspeito foi identificado até o momento. Há suspeitas internas de que os dispositivos foram instalados por alguém de dentro da instituição recentemente.

“Nós já remetemos os vídeos a polícia federal, e em razão da investigação sigilosa nós não podemos fazer uma suposição que é um tipo de funcionário ou outro, mas nós imaginamos que seja alguém do próprio INSS. Ou um servidor ou um terceirizado que possa ter usado isso, possa ter sido assediado pelo crime organizado e ai certamente a polícia identificará e sofrerá as consequências dentro do lei”, disse Alessandro Stefanutto, presidente do INSS.

O incidente foi detectado em 26 de junho, quando servidores notaram uma lentidão extrema no sistema de monitoramento de dados do INSS. Técnicos realizaram uma varredura inicial e encontraram três dispositivos. A PF foi chamada e encontrou mais quatro, totalizando sete dispositivos.

Polícia Federal recolheu evidências, imagens do circuito interno de TV e entrevistou servidores. Um ofício foi enviado ao chefe da divisão de crimes fazendários.

Investigação

A investigação começou no nono andar do prédio, onde a lentidão foi primeiramente notada, e continuou até o décimo andar, onde fica a presidência. A equipe de tecnologia do INSS descartou a hipótese de que os dispositivos tenham sido instalados por motivos legítimos.

Os investigadores revelaram que dispositivos semelhantes têm sido encontrados em várias agências do país desde 2022.

Tribunal de Contas da União (TCU) já havia solicitado ao INSS uma revisão do sistema de segurança, que estava sendo monitorado por ex-funcionários. O INSS afirmou que, devido à criptografia implementada desde maio, ninguém conseguiu acessar o sistema.

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