PIX agora deverá ser liberado em cartões de débito
O Banco Central está analisando a criação de uma nova funcionalidade que poderá transformar a forma como os brasileiros utilizam o Pix no dia a dia.
A proposta, em discussão com representantes de bancos, credenciadoras e empresas de tecnologia de pagamentos, prevê a possibilidade de realizar pagamentos instantâneos via Pix utilizando cartões de débito.
Se aprovada, a medida promete otimizar a experiência do consumidor, oferecendo mais agilidade, segurança e acesso aos meios de pagamento digitais — especialmente para quem não possui celulares com tecnologia NFC (pagamento por aproximação).
Pix no cartão: o que muda para comerciantes e consumidores
Um dos principais diferenciais da integração entre Pix e cartão de débito é a liquidação imediata dos valores para os lojistas. Enquanto o débito tradicional pode levar até dois dias úteis para ser creditado, o Pix garante o repasse em tempo real.
Para os consumidores, o pagamento seguiria a mesma lógica do débito convencional, com o valor sendo descontado diretamente da conta corrente, mas com a vantagem da velocidade e, possivelmente, com mais segurança nas transações.
Nova tecnologia pode ampliar o Pix por aproximação
A proposta também tem o potencial de expandir o uso do Pix por aproximação, recurso que ainda enfrenta baixa adesão no país devido à limitação de dispositivos compatíveis com NFC.
Ao permitir pagamentos com cartões de débito habilitados, a funcionalidade poderia alcançar um público mais amplo, inclusive usuários de aparelhos mais simples.
Etapas para implementação
Apesar do entusiasmo do setor, o lançamento da ferramenta depende da publicação de norma específica por parte do Banco Central. A regulamentação é o passo necessário para que testes comecem e a novidade seja, de fato, disponibilizada ao público.
Segundo especialistas, a medida também permitirá que bandeiras de cartões desenvolvam sistemas de prevenção a fraudes, aproximando o Pix dos padrões de segurança já consolidados no crédito e débito tradicionais.
Além disso, a possibilidade de contestar transações indevidas é vista como um avanço em relação ao modelo atual do Pix, que ainda enfrenta críticas nesse aspecto.
Tendência para o mercado de pagamentos
Com mais de 150 milhões de usuários cadastrados, o Pix se consolidou como um dos principais meios de pagamento no Brasil. A integração com cartões de débito pode representar um novo marco na trajetória do sistema, tornando-o ainda mais inclusivo, versátil e competitivo frente a outras formas de pagamento digital.
Enquanto o Banco Central avalia os próximos passos, o setor financeiro e o varejo acompanham com atenção os desdobramentos de uma inovação que pode redesenhar o cenário dos pagamentos eletrônicos no país.
