PCC financiando jovens advogados para se tornarem juízes e promotores? Especialista revela
O Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das maiores organizações criminosas do Brasil, está investindo na formação de advogados com o objetivo de infiltrá-los no sistema judiciário. Essa revelação alarmante veio à tona com informações sobre a “Sintonia dos Gravatas”, um grupo de advogados ligados ao PCC criado em 2005 para gerenciar questões jurídicas da facção.
Atualmente, a estratégia da organização é ainda mais ousada: financiar a preparação desses profissionais para concursos públicos de magistratura, Ministério Público, Polícias Civil e Militar, além da Receita Federal.
PCC tenta Infiltração no Judiciário
A Sintonia dos Gravatas foi uma iniciativa de Orlando Mota Júnior, conhecido como Macarrão, que buscou trazer suporte jurídico e comunicação interna para o PCC.
Com o tempo, a facção percebeu o potencial de poder ao infiltrar seus membros em posições estratégicas dentro do sistema judiciário. O objetivo é claro: ter braços da facção dentro da polícia, Ministério Público e judiciário, influenciando decisões e protegendo os interesses do PCC de dentro para fora.
O Tribunal de Justiça de São Paulo, ciente dessa ameaça, tem redobrado a atenção em seus processos seletivos. Em um recente concurso para juízes, que ofereceu 244 vagas, a comissão organizadora intensificou a verificação da vida pregressa dos candidatos.
Nos últimos três concursos, vários candidatos foram excluídos por suspeita de ligação com o PCC. De maneira similar, o Ministério Público de São Paulo tem ampliado seus mecanismos de controle para evitar a entrada de pessoas associadas ao PCC não só em cargos de promotores, mas também em outras carreiras jurídicas.
José Carlos Cosenzo, procurador de Justiça, afirmou: “O Ministério Público tem conhecimento. Nós sabemos efetivamente da existência dessas organizações criminosas. E, em razão disso, buscamos de toda maneira possível todos os caminhos inimagináveis para obstaculizar o ingresso de qualquer pessoa ligada a essas organizações ao Ministério Público.”
Desafios e Medidas de Segurança
A infiltração de membros do PCC no sistema judiciário não é a única preocupação com o aumento do crime organizado no Brasil. Paralelamente, o país enfrenta uma epidemia de golpes virtuais, tornando-se o quinto no mundo em ocorrência de crimes cibernéticos, com cerca de 9,1 milhões de incidentes no primeiro trimestre de 2022. Além disso, o Brasil ocupa a sexta posição em vazamentos de dados, afetando 24,2 milhões de usuários.
Para proteger empresas e indivíduos desses ataques, especialistas recomendam diversas medidas de segurança cibernética. Entre elas, educar e treinar funcionários para reconhecer e evitar golpes virtuais, reforçar a segurança da rede com atualizações constantes, utilizar autenticação em dois fatores, fortalecer senhas, ser cauteloso com e-mails suspeitos, realizar backups regulares e manter-se atualizado sobre novas ameaças.
Organizações como a ThreatX oferecem soluções abrangentes para a proteção contra fraudes online, destacando a importância de uma abordagem contínua e informada na segurança cibernética. A conscientização e a preparação são fundamentais para garantir a proteção contra essas ameaças crescentes.