Nunca foi tão fácil ter sua casa própria, após esse programa do Governo
A mais recente ampliação do programa Minha Casa, Minha Vida, anunciada em maio de 2025, criou uma nova possibilidade de financiamento para quem tem renda mensal de até R$ 12 mil.
Trata-se da chamada Faixa 4, que busca atender a um público que antes ficava de fora das condições mais vantajosas oferecidas pelo governo federal.
O diferencial da medida está na oferta de condições mais acessíveis para a compra de imóveis, com prazo de pagamento de até 35 anos (420 meses) e juros anuais em torno de 10%.
O limite de valor do imóvel financiado foi ampliado para R$ 500 mil, o que reforça o alcance da proposta em meio a um cenário de juros altos no país.
Entenda o que muda com a nova Faixa 4

Com regras mais flexíveis, a Faixa 4 permite que famílias da classe média ingressem no programa. O modelo se torna competitivo frente a modalidades tradicionais como o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).
Especialistas destacam que, mesmo com juros superiores aos aplicados nas faixas mais baixas do programa, a nova linha se mantém atrativa, especialmente diante da taxa Selic ainda elevada.
Além da taxa reduzida, há possibilidade de isenção de ITBI e descontos cartoriais em algumas localidades, o que pode significar economia adicional para os compradores. Porém, como em outras faixas do Minha Casa, Minha Vida, é necessário que o comprador não possua outro imóvel em seu nome.
Comparativo com outras modalidades de financiamento
Simulações indicam que, embora a Faixa 4 traga parcelas mais suaves e condições interessantes, o valor total pago pode ser semelhante ao de linhas como o SBPE, especialmente em financiamentos de longo prazo.
Veja abaixo um exemplo considerando um imóvel de R$ 500 mil, com financiamento de R$ 300 mil em 30 anos:
Modalidade | Juros Anuais | Primeira Parcela | Última Parcela | Renda Mínima | Total Pago |
---|---|---|---|---|---|
Faixa 4 (MCMV) | 10,5% | R$ 3.476,21 | R$ 865,30 | R$ 11.587,37 | R$ 838.213,84 |
SBPE (Caixa) | 11,49% | R$ 3.700,98 | R$ 865,92 | R$ 12.336,60 | R$ 862.919,43 |
A principal diferença, portanto, está na entrada exigida e nos custos acessórios. No Minha Casa, Minha Vida, há mais chances de obter benefícios adicionais, o que pode pesar positivamente na decisão.
É hora de entrar no programa?
Quem pretende ingressar na Faixa 4 precisa fazer um planejamento financeiro cuidadoso. A recomendação é que a parcela do financiamento não ultrapasse 30% da renda familiar.
Outra dica é analisar a possibilidade de dar uma entrada maior, o que ajuda a reduzir o valor financiado e, por consequência, o montante final pago.
Entender todos os pontos do contrato, inclusive regras de inadimplência, seguros obrigatórios e reajustes, também é fundamental para evitar surpresas no futuro.
Consórcio: uma alternativa viável?
Para quem não tem pressa em adquirir o imóvel, o consórcio imobiliário pode ser uma opção interessante. Neste modelo, os participantes contribuem mensalmente, sem juros, mas com taxas de administração.
É uma alternativa mais econômica no longo prazo, desde que o comprador tenha disciplina para esperar ser contemplado.
Ainda assim, para quem precisa do imóvel de forma imediata, a Faixa 4 do Minha Casa, Minha Vida tende a ser uma escolha mais adequada, especialmente com as condições atuais do mercado.
Perspectivas e futuro do programa
Com a projeção de que a Selic permaneça alta até o fim de 2025, com estimativas que apontam para 15% ao ano, o Minha Casa, Minha Vida – especialmente a nova faixa – deve se manter como uma das opções mais vantajosas para a compra da casa própria.
A inclusão de famílias com renda intermediária reforça o papel social do programa, que continua sendo uma porta de entrada para a moradia digna no Brasil.