Novos computadores terão Inteligência Artificial e serão supermodernos. Veja!
Em um movimento considerado estratégico para o futuro da tecnologia de inteligência artificial, a Nvidia anunciou, na última segunda-feira (14), que deu início à produção doméstica de supercomputadores voltados para aplicações de IA.
Esta é a primeira vez que a empresa passa a construir esse tipo de infraestrutura em solo norte-americano, com instalações localizadas nos estados do Arizona e do Texas.
Segundo o comunicado oficial, a fabricante já começou a fabricar os chips da nova arquitetura Blackwell nas dependências da TSMC em Phoenix, no Arizona, enquanto avança com a construção de centros de processamento em Houston e Dallas, no Texas.
A iniciativa, celebrada pela Casa Branca, está inserida em um plano de investimentos robusto. A Nvidia prevê aplicar US$ 500 bilhões (equivalente a cerca de 440 bilhões de euros) nos próximos quatro anos para fortalecer sua infraestrutura nos Estados Unidos. O governo norte-americano classificou o anúncio como parte de um “renascimento industrial” no país.
Durante coletiva na Sala Oval, o presidente dos EUA, Donald Trump, destacou a relevância da medida: “A Nvidia detém grande parte do setor e decidiu fabricar aqui por conta de dois fatores: a eleição de 5 de novembro e as tarifas comerciais”. Para Trump, a palavra “tarifas” tem tanto peso quanto “amor”, “Deus” e “relacionamentos”.
O mandatário republicano havia implementado uma tarifa de 32% sobre produtos de Taiwan — principal local de fabricação das GPUs da Nvidia — e de 145% sobre produtos chineses. Contudo, anunciou uma isenção temporária para dispositivos tecnológicos como chips, smartphones e computadores, medida que entrou em vigor na última sexta-feira.
A administração norte-americana atribuiu o movimento da Nvidia ao chamado “efeito Trump”, reforçando que os esforços pela reindustrialização dos Estados Unidos têm atraído volumes expressivos de investimento privado, especialmente no setor de alta tecnologia.
Para o CEO da Nvidia, Jensen Huang, fabricar nos Estados Unidos é uma resposta direta à crescente demanda por chips de inteligência artificial.
Ele afirmou que a decisão também tem como objetivo reforçar a cadeia de suprimentos e ampliar a resiliência operacional da companhia em um mercado global cada vez mais disputado.
A notícia surge em um contexto de reestruturação geopolítica da indústria de semicondutores, em que empresas buscam diversificar suas bases de produção diante de tensões comerciais e preocupações com a segurança tecnológica.