Nova tecnologia do Google permite criar filmes do zero direto do celular
A mais recente aposta do Google no campo da inteligência artificial, o Veo 3, vem se destacando nas plataformas digitais desde o seu lançamento, em maio deste ano. Capaz de gerar vídeos altamente realistas a partir de comandos simples, a tecnologia vem conquistando milhões de visualizações — e gerando apreensão.
A ferramenta permite que qualquer pessoa produza conteúdos em vídeo com aparência profissional, bastando descrever a cena desejada. O resultado são produções que, muitas vezes, se confundem com imagens reais, levando muitos internautas a expressarem surpresa e preocupação nos comentários.
Riscos associados ao realismo da IA
Entre os conteúdos que circulam nas redes, há desde recriações cômicas de eventos históricos até simulações fiéis de entrevistas em podcasts ou programas de TV.
O problema, segundo especialistas e veículos de imprensa, como o g1, é que a linha entre o que é verdadeiro e o que é gerado por IA está cada vez mais difícil de identificar.
Usuários têm apontado que, embora seja possível perceber certos traços característicos — como expressões faciais genéricas ou entonação robótica —, o grau de verossimilhança está se tornando um desafio, especialmente em contextos sensíveis como o período eleitoral.
Comentários nas redes compararam os vídeos criados pelo Veo 3 a episódios de “Black Mirror”, série conhecida por explorar distopias tecnológicas. Já outros internautas apontaram possíveis impactos da ferramenta na disseminação de desinformação e fake news, especialmente se usada de forma maliciosa.
Debate sobre regulação e uso ético
A expansão de ferramentas como o Veo 3 intensifica a discussão sobre a regulação da inteligência artificial e o papel das big techs na construção de uma internet mais segura.
Por enquanto, o Google afirma que a tecnologia passa por monitoramento constante e inclui marcações digitais para facilitar a identificação de vídeos sintéticos.
Ainda assim, a chegada do Veo 3 ao público geral reforça a necessidade de letramento digital e educação midiática, principalmente em períodos de maior circulação de informações, como eleições ou momentos de crise.