Não gaste todo seu 13º: veja dicas do que fazer com valor extra em novembro
Com a chegada do final do ano, muitos trabalhadores têm uma fonte de alívio financeiro com o 13º salário. Esse valor extra, pago em duas parcelas, costuma ser uma boa oportunidade para aliviar dívidas ou até mesmo investir no futuro.
Contudo, é importante que o dinheiro seja utilizado com planejamento, para evitar desperdícios e garantir um começo de ano mais tranquilo. Paco Fazito, especialista em investimentos e seguros, oferece algumas dicas essenciais para quem quer aproveitar essa renda extra de forma inteligente e começar 2024 com o pé direito.
Priorize o pagamento de dívidas
Antes de qualquer gasto festivo ou compra por impulso, o primeiro passo é avaliar as pendências financeiras. Paco Fazito enfatiza que as dívidas de maior custo, como o cartão de crédito e o cheque especial, devem ser quitadas com a primeira parcela do 13º.
“Essas dívidas são as que possuem os juros mais altos, e deixar de pagar-las só faz com que os custos se acumulem e prejudiquem o seu orçamento futuro”, explica. Segundo ele, pagar essas dívidas com a parcela do 13º evita o temido “efeito bola de neve”, onde os juros sobre juros podem comprometer seriamente as finanças pessoais.
A sugestão de Paco é simples, mas eficaz: antes de pensar em gastar, organize as dívidas. Se for possível, o mais urgente e que ofereça altos custos financeiros, o que proporcionará mais liberdade no próximo ano e maior controle sobre as finanças.
Crie uma reserva de emergência
Uma vez que as dívidas mais pesadas foram quitadas, é hora de pensar na segurança financeira do futuro. Para Paco, a reserva de emergência é um dos pilares mais importantes para garantir a estabilidade em tempos de imprevistos.
“Nada é mais importante do que ter um fundo de segurança que, em situações de urgência, evite que você precise solicitar um empréstimo ou usar o cartão de crédito novamente”, aconselha. A boa notícia é que, mesmo com a primeira parcela do 13º, é possível começar a construir essa reserva.
Paco sugere que, pelo menos, 20% da renda extra seja destinado para esse fundo. As aplicações de liquidez imediata, como a poupança ou fundos de renda fixa, são as opções mais indicadas para quem está começando a montar sua reserva.
Ao economizar esse valor, o trabalhador se prepara para imprevistos, como uma despesa inesperada com saúde ou um conserto urgente em casa ou no carro.
Invista no futuro e aproveite as oportunidades
O 13º salário também pode ser uma excelente oportunidade para investir no longo prazo. Após organizar as dívidas e garantir uma reserva de emergência, Paco recomenda que o trabalhador destine uma parte desse recurso para investir em seu futuro financeiro.
O final do ano é uma boa época para avaliar oportunidades que poderão gerar retorno no longo prazo, como previdência privada, ações ou até mesmo a realização de cursos de qualificação que tragam novos conhecimentos e aumentem as possibilidades de renda no futuro.
Investir parte do 13º em uma previdência privada, por exemplo, pode garantir uma diversão mais tranquila e segura. A ideia, segundo Paco, é que esse dinheiro trabalhe para você no futuro, seja aumentando seu patrimônio ou garantindo sua aposentadoria.
O especialista também destaca que, além de investimentos financeiros, qualificar-se para novas oportunidades no mercado de trabalho é uma forma inteligente de usar esse recurso.
Para ajudar a definir quanto do 13º investir, Paco sugere que o trabalhador tem dívidas com juros altos, deve priorizar o pagamento delas. Se já está com as contas em dia e tem uma reserva de emergência constituída, é possível direcionar de 20% a 30% do valor do 13º para investimentos de longo prazo, como previdência privada ou fundos de investimento.
A chave para o sucesso está no planejamento, na disciplina e na capacidade de usar essa renda extra para reduzir dívidas, criar uma reserva de emergência e investir no futuro.