Micro-ondas realmente aumenta a chance de câncer? Checamos
O micro-ondas, há décadas um item essencial na cozinha, é objeto que sempre é alvo de discussões, provocando debates sobre sua segurança e impacto nutricional.
Embora seja elogiado como um salva-vidas para os menos habilidosos na cozinha e criticado por alguns chefs como um instrumento que diminui o valor da culinária, o debate vai além das controvérsias culinárias. Surge a questão: o micro-ondas pode ser prejudicial à saúde? Descubra detalhes a seguir.
O micro-ondas pode ser prejudicial à saúde?
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, quando usado corretamente, não há motivo para preocupação com a radiação do micro-ondas. No entanto, outras preocupações pairam, como a possível perda de nutrientes nos alimentos ou os riscos do aquecimento de alimentos em recipientes plásticos.
Alguns estudos indicam que certos nutrientes, como os flavonoides, podem ser reduzidos durante o aquecimento no micro-ondas. Por exemplo, o brócolis perdeu até 97% dos seus flavonoides quando aquecido no micro-ondas, mais do que quando fervido.
No entanto, outras pesquisas sugerem que tempos de cozimento mais curtos no micro-ondas não comprometem o conteúdo nutricional. Além disso, vaporizar os alimentos no micro-ondas pode até aumentar o teor de flavonoides, associados à saúde cardiovascular.
Recipientes de plástico no micro-ondas
Quanto aos recipientes plásticos, há preocupações com a liberação de substâncias químicas, como ftalatos, que podem ocorrer quando expostos ao calor do micro-ondas. Esses produtos químicos têm sido associados a uma série de problemas de saúde, desde distúrbios metabólicos até problemas de fertilidade e desenvolvimento infantil.
“Alguns tipos de plástico não são projetados para micro-ondas, porque têm polímeros no interior para torná-los macios e flexíveis, que derretem a uma temperatura não tão alta e podem se soltar durante o processo se a temperatura ultrapassar os 100° C”, explica Juming Tang, professor de engenharia de alimentos na Universidade Estadual de Washington.
Embora os estudos sobre os efeitos do aquecimento de plásticos no micro-ondas ainda estejam em curso, a maioria dos especialistas concorda que o uso adequado dos recipientes plásticos é essencial para minimizar a exposição a essas substâncias potencialmente prejudiciais.