Metrô ultrarrápido vai ligar cidades brasileiras
Entre os projetos de trens de passageiros que devem conectar São Paulo a cidades da região metropolitana e do interior, o eixo entre a capital paulista e São José dos Campos se destaca por apresentar a maior velocidade média estimada.
A projeção é que o chamado Trem Intercidades (TIC) Eixo Leste atinja uma média de 118,08 km/h, superando os demais trechos planejados.
As informações constam em relatório técnico intitulado “Estudos de Demanda e Receitas – Acessórias: Novo modelo proprietário de demanda de viagens em quatro etapas para a rede da Macrometrópole de São Paulo – Relatório Individual – TIC Oeste (Sorocaba)”.
O documento detalha estimativas de velocidade, demanda e receitas de cada um dos quatro principais eixos ferroviários propostos pelo governo do Estado.
Comparativo entre os quatro eixos do Trem Intercidades
Além do eixo Leste, que liga São Paulo a São José dos Campos, o estudo analisa outros três trajetos:
- Eixo Norte (São Paulo–Campinas): já teve contrato assinado e previsão de início das operações para 2031.
- Eixo Oeste (São Paulo–Sorocaba): está em consulta pública.
- Eixo Sul (São Paulo–Santos): leilão marcado para 2027, mesmo prazo previsto para o eixo Leste.
Segundo o levantamento, o TIC Eixo Oeste deverá operar a uma velocidade média de 104,5 km/h, enquanto o Eixo Norte terá variações entre 56 km/h, no trecho Jundiaí–Campinas, e 95 km/h, entre Barra Funda e Jundiaí. Já o Eixo Sul, que liga a capital à Baixada Santista, terá o menor desempenho: 68,33 km/h de média.
Velocidade média x velocidade máxima
É importante destacar que a velocidade média difere da velocidade máxima dos trens. Mesmo com médias mais baixas, os trens em alguns trechos dos eixos Norte e Oeste poderão alcançar picos de até 140 km/h, de acordo com o projeto.
A média considera fatores como paradas, acelerações e reduções ao longo do trajeto, o que impacta diretamente no tempo total da viagem.
O governo do Estado aposta na implementação dos TICs como uma alternativa moderna de mobilidade regional, capaz de reduzir o uso de carros e ônibus nas rodovias e estimular o desenvolvimento econômico e urbano ao redor das estações.