Mais de 150 pílulas são PROIBIDAS pela Anvisa após morte de enfermeira
Recentemente, uma investigação revelou que, apesar de estarem proibidos, diversos fitoterápicos continuam sendo comercializados livremente pela internet. Isso inclui produtos que constam na lista de substâncias banidas pela Anvisa, autoridade responsável pela regulamentação de medicamentos no Brasil. Um cenário que preocupa tanto consumidores quanto profissionais da saúde.
A liberação destes produtos sem os devidos controles e avisos acende um alerta sobre a eficácia e segurança destes chamados tratamentos naturais. Curiosamente, esses itens são adquiridos com facilidade em plataformas de e-commerce como Mercado Livre e Shopee, sem que haja interdição por parte da agência reguladora no ato da compra.
Posição da Anvisa sobre a venda desses fitoterápicos
A Anvisa esclareceu que embora conduza fiscalizações frequentes, o monitoramento de produtos vendidos online complica-se pela vastidão e pela dinâmica do ambiente virtual. Assim, a agência busca adaptar-se, trabalhando em conjunto com outras autoridades sanitárias para fortalecer a vigilância e evitar que produtos não autorizados sejam vendidos.
Impacto dos produtos não regulados na saúde pública
Médicos e especialistas em toxicologia têm documentado os riscos associados ao uso de certas ervas presentes nestes produtos. Ingredientes como sene e centelha asiática, por exemplo, possuem propriedades hepatotóxicas que podem causar sérios danos ao fígado, especialmente quando consumidos em grandes quantidades ou combinados com outras ervas.
Exemplo trágico deste cenário foi o caso recente de uma enfermeira em São Paulo que veio a falecer devido a uma hepatite fulminante após consumir um produto conhecido como “50 Ervas Emagrecedor”. O suplemento continha uma mistura de 16 substâncias potencialmente tóxicas ao fígado, exemplificando os perigos destes produtos.
Como a Anvisa e o e-commerce estão combatendo essa venda irregular
Diante desses desafios, a Anvisa iniciou um projeto-piloto em novembro do ano anterior, visando intensificar a vigilância de produtos comercializados de forma irregular em plataformas de e-commerce. Esta iniciativa, ainda em sua fase inicial, tem como parceiro o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Além disso, plataformas como Mercado Livre e Shopee afirmam adotar medidas rigorosas para coibir a venda de produtos que não estejam em conformidade com a legislação. Ambas alegam prontidão na remoção de anúncios e produtos identificados como irregulares, além de empenho na promoção de um ambiente de compra seguro.
Confira a lista completa dos medicamentos irregulares aqui.