Lua pode ser contaminada por causa da missão de Elon Musk
Apesar de a NASA ter postergado o pouso da missão Artemis III para 2026, a empolgação em torno das futuras incursões lunares não diminuiu. E entre os protagonistas dessa nova corrida espacial, a SpaceX se destaca com seus preparativos intensos. Um recente estudo aponta que a Starship, a nave desenvolvida por Elon Musk, pode enfrentar barreiras regulatórias significativas devido ao risco potencial de contaminação que apresenta aos ecossistemas lunares, especialmente os depósitos de gelo que são cruciais para futuras missões humanas.
A problemática levantada envolve as plumas de exaustão da Starship. Durante os procedimentos de pouso e decolagem, a nave emite consideráveis quantidades de água. Pesquisadores da NASA, juntamente com outros especialistas, sugerem que isso pode dispersar até 10 toneladas de água nos rególitos lunares por movimentação, ameaçando contaminar áreas estratégicas ricas em gelo.
O que são rególitos lunares e por que são importantes?
Os rególitos lunares consistem em uma camada de material pulverulento que cobre a superfície da Lua. Este substrato não apenas protege o solo lunar de micrometeoritos, mas também contém partículas de gelo, valiosas para as missões de longa duração, por serem potenciais fontes de água e oxigênio.
As famosas Regiões Permanentemente Sombreadas (PSRs), localizadas nos polos lunares, abrigam a maior parte deste gelo. As preocupações com a contaminação surgem porque essas áreas têm o potencial de fornecer recursos vitais para a sustentação da vida e produção de combustível no ambiente inóspito da Lua.
Se as restrições forem impostas à Starship, a SpaceX poderá enfrentar desafios significativos, já que a empresa atualmente não possui uma alternativa viável para o pouso lunar. Nesse cenário, empresas como a Blue Origin, de Jeff Bezos, podem ganhar destaque com projetos alternativos como o lander Blue Moon.