Lembra do Celta dos anos 2000? Com inflação ele valeria 4,5 vezes mais
Quem viveu os anos 2000 certamente se lembra do Chevrolet Celta, um dos carros mais populares da época. Econômico, de manutenção barata e com um preço acessível, o modelo marcou gerações.
Mas, com a inflação acumulada nas últimas décadas, será que ele ainda seria considerado um carro barato nos dias atuais?
O preço do Celta em 2000 e seu valor corrigido hoje
Lançado no Brasil em setembro de 2000, o Celta chegou às concessionárias por R$ 13.390. Um valor baixo para a época, mas que refletia a simplicidade do carro – sem airbags, vidros elétricos ou rádio.
Utilizando a Calculadora do Cidadão, do Banco Central, é possível projetar quanto esse valor representaria hoje:
- Pelo IPCA (IBGE): R$ 58.620
- Pelo IGP-M (FGV): R$ 84.534
Ou seja, mesmo corrigido, o Celta não seria tão acessível como muitos imaginam.
Por que temos a impressão de que os carros eram mais baratos?
A resposta está no poder de compra do brasileiro. Em 2000, o salário mínimo era de R$ 136, o que significava que um trabalhador precisaria de quase 100 salários para comprar um Celta. No entanto, como o custo de vida era menor, as pessoas conseguiam economizar mais.
A situação mudou drasticamente nas últimas décadas. Em 2023, o carro mais barato do mercado era o Renault Kwid, por R$ 66.590 – equivalente a 50 salários mínimos da época (R$ 1.320).
Hoje, o Citroën C3 Live é o modelo zero mais acessível, custando R$ 73.490, um valor que não se compara ao do Celta em termos de popularidade.
O fim de uma era de carros “pelados”
O Celta foi descontinuado em 2015, e os carros básicos como ele não existem mais. Atualmente, os veículos precisam sair de fábrica com itens de segurança obrigatórios, o que eleva seu custo inicial.
Embora muitos tenham saudades do Celta, a realidade é que, mesmo corrigido pela inflação, ele não seria tão barato quanto parecia na memória afetiva dos brasileiros.