Inteligência Artificial vai aprimorar a previsão do tempo

Um novo modelo de inteligência artificial, desenvolvido pela Microsoft e batizado de Aurora, está estabelecendo um novo patamar nas previsões climáticas globais.

Segundo estudo publicado na revista científica Nature, o sistema não só apresenta desempenho superior em relação aos métodos convencionais, como também demanda menos tempo e recursos para gerar previsões detalhadas sobre o sistema terrestre.

O Aurora foi treinado com mais de um milhão de horas de dados geofísicos históricos. Com essa base, conseguiu superar modelos de sete centros meteorológicos globais em 92% das previsões de 10 dias e teve 100% de acerto ao rastrear ciclones em períodos de cinco dias. A tecnologia ainda foi capaz de prever tempestades de areia e trajetórias de tufões com alta precisão.

Modelo versátil e de rápida adaptação

Diferentemente dos modelos tradicionais, que exigem anos de desenvolvimento e acesso a supercomputadores, o Aurora pode ser adaptado para novas tarefas de previsão em poucas semanas — de 4 a 8, de acordo com os autores do estudo.

Esse ganho de agilidade se deve à utilização de grandes volumes de dados históricos e ao formato de “modelo base”, que permite reuso e customização em diferentes contextos.

O estudo é liderado por Paris Perdikaris, da Universidade da Pensilvânia, que aponta o Aurora como um exemplo promissor de como a IA pode transformar o monitoramento climático, tornando as informações mais acessíveis e confiáveis, inclusive em situações de emergência climática.

Avanço com potencial global

Previsões meteorológicas envolvem não apenas a previsão do clima diário, mas também a análise de correntes oceânicas, qualidade do ar, gelo polar e eventos extremos como furacões e ondas de calor.

A redução no custo computacional abre espaço para que mais instituições, inclusive em países em desenvolvimento, possam incorporar soluções semelhantes e melhorar sua capacidade de resposta a desastres naturais.

O Aurora representa um avanço significativo na interseção entre ciência do clima e tecnologia de ponta, com impacto direto em áreas como agricultura, energia, saúde pública e planejamento urbano.

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