Idosos vão ser suspendidos por não fazer a Prova de Vida? Descobrimos
A prova de vida, mecanismo essencial para garantir a continuidade do pagamento de benefícios do INSS, passou por mudanças significativas nos últimos anos. O procedimento, antes presencial, agora é realizado de forma automática, utilizando dados de bases oficiais.
A medida busca evitar deslocamentos desnecessários e reduzir bloqueios indevidos para aposentados e pensionistas. Veja mais detalhes a seguir.
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Prova de vida continua obrigatória, mas com novo formato
Com a modernização do sistema, alguns segurados interpretaram a atualização como o fim da prova de vida. No entanto, o procedimento segue sendo obrigatório. A diferença é que agora o INSS é responsável por validar a situação dos beneficiários, sem exigir que eles realizem comprovações frequentes.
De acordo com o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, mesmo após o fim da vigência da Portaria MPS nº 723, o instituto continua utilizando cruzamento de dados com outras bases governamentais para evitar bloqueios indevidos. Além disso, busca firmar novas parcerias para ampliar a checagem das informações.
Quem pode ser convocado para comprovação manual?
Embora a validação ocorra automaticamente para a maioria dos segurados, alguns beneficiários podem ser chamados caso o sistema não consiga confirmar suas informações. Nessas situações, o INSS pode solicitar:
- Comparecimento presencial em uma agência;
- Perícia médica, que pode ser remota ou presencial.
A convocação ocorre principalmente para segurados que recebem um salário mínimo, atualmente fixado em R$ 1.518, e cujos dados não foram validados pelo sistema.
Outro ponto importante é que, mesmo que haja falhas no processamento da prova de vida, os beneficiários não têm seus pagamentos suspensos imediatamente. O INSS garante a continuidade dos depósitos por até seis meses, período no qual o segurado será notificado sobre os próximos passos para regularização.
Novos critérios para validação da prova de vida
Desde março de 2024, com a atualização das regras, o INSS passou a considerar diferentes formas de comprovação de vida, incluindo:
- Uso do aplicativo Meu INSS com selo ouro;
- Empréstimo consignado com reconhecimento biométrico;
- Atendimentos presenciais ou por telemedicina no sistema público de saúde;
- Registro de vacinação;
- Atualizações no Cadastro Único (CadÚnico);
- Votação em eleições;
- Emissão ou renovação de documentos oficiais, como passaporte e carteira de identidade;
- Declaração do Imposto de Renda, como titular ou dependente.
Prazo de comprovação em 2025
A partir do próximo ano, o INSS passará a considerar um novo prazo para a prova de vida. A verificação será feita ao longo dos dez meses seguintes à última atualização do benefício. Com isso, qualquer movimentação oficial realizada pelo segurado dentro desse período poderá ser utilizada para comprovar sua condição, eliminando a necessidade de cumprir prazos fixos baseados no aniversário do beneficiário.
O que muda para os segurados?
As alterações na prova de vida representam um avanço no atendimento aos beneficiários do INSS, reduzindo burocracias e garantindo mais segurança na continuidade dos pagamentos.
A automatização do processo permite que milhões de aposentados e pensionistas tenham sua situação validada sem precisar sair de casa, garantindo maior praticidade e acessibilidade.
Mesmo com o novo modelo, é fundamental que os segurados fiquem atentos às notificações do INSS, caso sejam convocados para validação manual. O acompanhamento pode ser feito pelo Meu INSS, pelo site oficial do instituto ou em agências bancárias credenciadas.