Governo salvou a vida de milhões de trabalhadores rurais com a criação de nova tecnologia

Entre janeiro de 2023 e outubro de 2024, o Programa Cisternas registrou avanço significativo na implantação de soluções hídricas em regiões de escassez no Brasil. No período, foram contratadas 130,77 mil unidades entre cisternas e outras tecnologias sociais.

O ritmo das entregas superou em quase quatro vezes o total registrado nos dois últimos anos do governo anterior, passando de 10,2 mil para 39,1 mil cisternas em funcionamento, beneficiando famílias e produtores rurais.

O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) destinou R$ 860,4 milhões ao programa, impulsionando iniciativas que garantem abastecimento seguro e promovem a sustentabilidade no uso da água.

Uma nova realidade para famílias do Semiárido

No interior de Pernambuco, onde a estiagem desafia a rotina da população, a chegada das cisternas mudou o cotidiano de José Israel da Silva, agricultor de 54 anos, morador de São Caetano (PE).

Antes, a falta de acesso à água exigia deslocamentos de até 10 quilômetros em busca de fontes naturais, comprometendo a qualidade de vida da família e a sobrevivência dos animais.

“A gente saía de casa ainda de madrugada, carregando baldes para buscar água onde fosse possível. Era um sofrimento”, relembra José Israel.

A escassez limitava o consumo a necessidades essenciais e impedia o desenvolvimento da produção agrícola. “Os animais bebiam apenas uma vez por dia, porque não tinha o suficiente para todos.”

A situação começou a mudar com a construção de duas cisternas, incluindo uma de calçadão, que permitiu o armazenamento seguro da água da chuva. Com o novo sistema, a propriedade passou a contar com abastecimento regular, possibilitando o cultivo de frutas como goiaba, acerola, graviola e maracujá.

“Hoje eu me sinto rico, porque tenho água. Posso plantar, criar meus bichos e não dependo tanto da feira”, afirma o agricultor, destacando que a mudança garantiu autonomia alimentar à sua família.

Expansão do programa e parcerias estratégicas

A ampliação do Programa Cisternas conta com 30 parcerias institucionais, envolvendo 25 estados, consórcios públicos e organizações da sociedade civil (OSC). Mais de 200 contratos foram firmados com entidades credenciadas, assegurando a implantação das tecnologias hídricas em diferentes regiões do país.

Entre os parceiros está a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), que já beneficiou 80 mil pessoas com acesso à água potável, permitindo o armazenamento de 300 milhões de litros de água da chuva. Outra colaboração relevante é com a Fundação Banco do Brasil, que destinou R$ 40 milhões para a construção de cisternas produtivas, atendendo 1,4 mil famílias do Semiárido.

Na Região Amazônica, um acordo com o BNDES resultará no investimento de R$ 150 milhões, levando soluções de abastecimento para quatro mil famílias extrativistas, quilombolas e assentadas.

No Território Indígena Yanomami (TIY), foram destinados R$ 5 milhões, beneficiando cerca de três mil pessoas, especialmente em aldeias localizadas nas margens dos rios Marauiá, Rio Preto e Ayari.

Produção sustentável e fortalecimento da agricultura

O acesso à água também impulsiona a inclusão produtiva rural, permitindo que agricultores familiares expandam sua produção. O Programa Fomento Rural oferece suporte financeiro e técnico para viabilizar melhorias na infraestrutura das propriedades, como a construção de currais e cercamentos.

José Israel é um dos beneficiados e já planeja novas etapas para aprimorar sua atividade. “Com o apoio do programa, vou construir um curral e proteger minha lavoura. Assim, garantimos uma produção melhor e mais segura”, explica.

Para ele, a chegada da cisterna simboliza um recomeço, proporcionando condições para que sua família prospere com autonomia. “Meu objetivo é plantar cada vez mais, ter fartura e viver sem depender de terceiros”, conclui o agricultor.

Com informações da Agência Gov.

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