Falência? Empresa gigante planeja demissão em massa e corte de salários
Após a privatização da Eletrobras em junho de 2022, um novo acordo coletivo está em negociação e tem trazido uma série de preocupações para os trabalhadores e sindicatos envolvidos. As principais controvérsias giram em torno da proposta de redução salarial e a possibilidade de demissões em massa sem a oferta de um plano de desligamento voluntário, algo que estava previsto em acordos anteriores.
No acordo anterior, válido até o fim deste semestre, as dispensas em massa só eram permitidas com a oferta de um plano de desligamento voluntário incentivado que contemplasse benefícios para os trabalhadores que optassem por sair. No entanto, a nova proposta da Eletrobras elimina essa condição, o que tem causado grande inquietação entre os funcionários e representantes sindicais.
Diferenças nas condições de demissão:
- O acordo de 2022 exigia plano de desligamento voluntário para dispensas em massa.
- A nova proposta permite demissões em massa sem a necessidade desse plano.
Reunião com o ministro do Trabalho e Emprego
Diante das incertezas trazidas pela proposta, líderes sindicais se reuniram com Luiz Marinho, ministro do Trabalho e Emprego, buscando apoio para uma negociação mais justa. Durante o encontro, discutiram os impactos potenciais da nova política de demissões e cortes salariais propostos por uma das maiores empresas do setor elétrico no país.
Paulo de Tarso, presidente da Confederação Nacional dos Urbanitários (CNU), expressou preocupação sobre as condições de trabalho, destacando a eliminação de benefícios essenciais, como previdenciários e de plano de saúde.
O ministro Luiz Marinho prometeu uma mesa de conciliação para tentar encontrar um denominador comum que beneficie ambas as partes. A situação exige a consideração tanto do lado empresarial quanto do impacto na vida de milhares de trabalhadores e suas famílias, sob a sombra da nova gestão privada da Eletrobras.