Este é o motivo que Lula não permite entrada de celular no gabinete
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reiterou a proibição do uso de celulares em seu gabinete, destacando que a medida é motivada por questões de segurança. Em entrevista à RedeTV, o mandatário afirmou que os aparelhos não são seguros, mesmo quando desligados, e explicou que prefere evitar “conversas cifradas” pelo dispositivo.
“Isso aqui (o celular) não é seguro mesmo quando está desligado. A nossa segurança é não deixar celular entrar aonde não deve entrar”, disse Lula.
Regras de comunicação no gabinete
Além de restringir o uso de celulares, Lula mencionou sua preferência por não receber ligações durante o almoço (às 13h) e após as 21h. O presidente destacou que adota essas práticas para garantir maior controle e privacidade em sua rotina.
“Não adianta o cara me falar: “Presidente, o senhor está sabendo que tal jornal vai fazer uma matéria contra você?”. Faça. Eu não vou pedir para não fazer. Faça. Sabe, 23h: “Presidente, o senhor sabe quem morreu?”. E daí? Por que eu quero saber que o cara morreu 11 horas da noite? Eu não vou poder fazer nada. Deixa para me ligar às 8h, sabe? Porque aí eu vou poder tratar, ir para o enterro”, afirmou.
Proibição do celular não é recente
Essa não foi a primeira vez que o tema veio à tona. Em julho de 2023, durante uma transmissão do programa “Conversa com o Presidente”, Lula já havia falado sobre a política em relação ao uso de celulares no ambiente de trabalho.
Ele criticou o uso excessivo dos aparelhos durante reuniões oficiais, mencionando que a prática prejudica a atenção nas conversas presenciais.
“No meu gabinete da presidência, ninguém entra com telefone celular. O cara marca uma coisa com o presidente e, daqui a pouco, o cara está lá, o presidente sentado, e o cara no celular, conversando com alguém que ele não marcou audiência”, afirmou.
Comunicação presidencial
De acordo com informações divulgadas pelo site PlenoNews, Lula não possui um celular pessoal. O presidente prefere se comunicar com seus ministros e aliados utilizando os aparelhos de pessoas próximas, como sua esposa, a primeira-dama Janja da Silva.
A decisão do presidente reflete uma postura voltada para aumentar a segurança e reduzir distrações no exercício de suas funções. Essas medidas reforçam a atenção dada pelo chefe do Executivo à confidencialidade das informações tratadas no governo.