Essa é a melhor planta para curar mal-estar e inflamações no Brasil
Tradicionalmente consumido em forma de chá, o mastruz — também conhecido como erva-de-santa-maria ou epazote — é uma planta com potencial terapêutico que chama a atenção de estudiosos e usuários da medicina popular.
O nome científico da espécie é Chenopodium ambrosioides e, embora seus efeitos ainda não tenham sido plenamente comprovados pela ciência, há evidências do uso milenar em tratamentos de infecções parasitárias, dores inflamatórias e distúrbios digestivos.
Substância natural atua contra vermes intestinais
Entre os compostos mais estudados presentes na planta está o ascaridol, substância com ação antiparasitária e que, segundo algumas pesquisas, apresenta resultados semelhantes aos de medicamentos como o albendazol.
Essa ação vermicida torna o mastruz um dos remédios naturais mais populares no combate a lombrigas, tênias e outros parasitas intestinais.
A prática de utilizar a planta como vermífugo atravessa gerações e é comum em diversas regiões, especialmente no preparo de infusões caseiras. Ainda assim, especialistas alertam que a ingestão da planta deve respeitar limites e que seu uso medicinal requer acompanhamento profissional.
Potencial anti-inflamatório é reconhecido na cultura popular
Outro destaque atribuído ao mastruz está na sua ação anti-inflamatória. Os óleos essenciais presentes na planta, como o próprio ascaridol e outros compostos do grupo dos terpenoides, têm capacidade de reduzir a produção de substâncias inflamatórias, como as prostaglandinas.
Esse efeito é valorizado por quem sofre com dores crônicas, como em casos de artrite e reumatismo. A planta também contém antioxidantes, como flavonoides e polifenóis, que contribuem para o combate ao estresse oxidativo — processo associado à inflamação celular e ao envelhecimento precoce.
Outros usos populares do mastruz
O uso tradicional do mastruz vai além da ação contra parasitas. A planta é frequentemente associada a benefícios como:
- Estimulação do sistema imunológico, por meio do aumento na produção de células de defesa;
- Atividade antimicrobiana, com efeito contra bactérias, vírus e fungos;
- Melhora do trânsito intestinal, alívio de cólicas e dores gástricas;
- Aplicação tópica para auxiliar na cicatrização de feridas.
Cuidados com o consumo
Apesar da fama e dos possíveis benefícios, é importante destacar que o uso do mastruz exige moderação. Em altas doses ou sob uso prolongado, a planta pode apresentar toxicidade.
Especialistas reforçam que, por mais natural que seja, o tratamento com ervas deve ser conduzido com orientação médica, especialmente para pessoas com condições de saúde pré-existentes ou que estejam fazendo uso de outros medicamentos.
Além disso, o uso em gestantes é desaconselhado, devido ao risco de reações adversas. Até o momento, faltam estudos clínicos robustos em humanos que comprovem a eficácia do mastruz de forma segura e sistemática.