Empresa de Elon Musk é acusada de forçar grávida a trabalhar com animais infectados
A Neuralink, empresa de implantes cerebrais fundada por Elon Musk, está enfrentando acusações de ter forçado uma funcionária grávida a trabalhar em condições inseguras com macacos infectados por herpes B.
A denúncia foi feita por Lindsay Short, ex-funcionária da empresa, na última sexta-feira (14), no tribunal estadual da Califórnia, nos Estados Unidos.
Segundo a Fortune, revista de negócios americana, a moça relatou que, ao ser transferida para o escritório da Neuralink em agosto de 2022, encontrou um ambiente de trabalho “carregado de vergonha e prazos inalcançáveis”.
Ela também afirmou que a empresa não cumpriu a promessa de horários flexíveis e rebaixou seu cargo em maio de 2023, apenas dois meses após uma promoção.
A situação piorou quando, após informar o departamento de recursos humanos sobre sua gravidez em junho, foi demitida no dia seguinte sob a justificativa de desempenho insatisfatório. No processo, Lindsay acusa a empresa de retaliação, demissão injusta e discriminação de gênero.
Incidentes envolvendo macacos infectados com herpes
Ainda de acordo com a Fortune, Short descreveu um incidente em que foi arranhada por macacos, apesar de usar luvas, enquanto manipulava os animais infectados por herpes B, acusando a empresa de não fornecer equipamentos de proteção adequados.
Em outro incidente, foi arranhada no rosto por um macaco durante um procedimento para o qual não tinha prática e, ao buscar tratamento médico, foi ameaçada com “graves consequências” pelo chefe caso insistisse.
Empresa de Elon Musk
A Neuralink está nos estágios iniciais de testes clínicos de seu dispositivo de implante cerebral, destinado a restaurar funções motoras em pacientes com paralisia.
Recentemente, a empresa implantou o dispositivo em um homem tetraplégico, permitindo que ele jogue videogame apenas com o uso da mente.
No entanto, a companhia já foi criticada por supostos maus-tratos a animais. Investigações anteriores revelaram cirurgias mal executadas em macacos durante pesquisas na Universidade da Califórnia. Após essas críticas, a empresa transferiu suas pesquisas com primatas para suas próprias instalações.