Crescimento Econômico em Santa Catarina: 81% dos Trabalhadores com Empregos Formais
Santa Catarina, mais uma vez, destaca-se nos indicadores econômicos, revelando um crescimento notável durante o terceiro trimestre do ano. Dados recentes da Secretaria de Estado do Planejamento apontam para um aumento significativo de 39 mil pessoas empregadas no setor privado, ao mesmo tempo em que se observou uma redução de 11 mil empregados no setor público no estado. Essas informações integram o Boletim Trimestral de Indicadores do Trabalho referente ao período de julho a setembro, divulgado na última segunda-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Embora a elevação no número de trabalhadores no setor privado seja um destaque nesse trimestre, o superintendente do IBGE em Santa Catarina, Roberto Kern Gomes, destaca que esse fenômeno não é isolado. Ele ressalta que o mercado de trabalho do estado tem demonstrado força ao longo do tempo, sendo caracterizado por baixos índices de desemprego, uma média de renda dos trabalhadores considerável e uma notável menor informalidade em relação ao restante do país.
Santa Catarina, de fato, ostenta o menor índice de informalidade do Brasil, um fator que fortalece significativamente o setor privado. O superintendente destaca a importância desses elementos para a robustez econômica do estado, afirmando que tais características contribuem para um setor privado robusto e resistente.
A pesquisa do IBGE, no entanto, não fornece uma explicação clara para a redução de pessoas empregadas no setor público. Roberto Kern Gomes sugere que padrões indicam que a maioria dos trabalhadores do setor público que enfrentou queda estava nos setores militar e estatutário. Ele levanta a possibilidade de que isso esteja relacionado a um possível aumento de aposentadorias nesses setores, provavelmente influenciado por mudanças legislativas previdenciárias iminentes.
Santa Catarina, historicamente, mantém uma performance notável nos indicadores de emprego, com 81% da força de trabalho catarinense ocupando empregos formais. Esse desempenho coloca o estado como líder absoluto em taxa de formalidade entre as unidades federativas do Brasil, superando significativamente a média nacional, que é de 64,5%.
O diferencial catarinense, de acordo com Roberto Kern Gomes, reside na distribuição econômica diversificada pelo território. Ao contrário de outras regiões onde a capital concentra a maior parte da atividade econômica, em Santa Catarina, o maior aglomerado está localizado no Norte do estado. Essa distribuição geográfica equitativa e a diversificação econômica, como os polos metal-mecânico, têxtil, tecnológico, de energia e de produção de proteína animal, contribuem para uma economia robusta e atraente.
Esses indicadores econômicos também se refletem em outros aspectos sociais. O menor desemprego impacta positivamente em índices como criminalidade, crianças fora da escola e analfabetismo. A empregabilidade, portanto, não é apenas um sinal de saúde econômica, mas também um impulsionador de diversos avanços sociais em Santa Catarina. O estado, ao manter um mercado de trabalho aquecido e diversificado, continua a ser um exemplo de sucesso no cenário nacional.