Como o INSS calcula sua aposentadoria: entenda os detalhes
A aposentadoria é um dos temas mais relevantes para os trabalhadores brasileiros, e a forma como o benefício é calculado passou por transformações significativas após a Reforma da Previdência, implementada em novembro de 2019. Entender as regras atuais e anteriores é fundamental para planejar o futuro e garantir um benefício adequado.
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Como é feito o cálculo da aposentadoria?
O cálculo da aposentadoria depende de quando o segurado começou a contribuir e de quais regras são aplicáveis ao seu caso. Antes da Reforma da Previdência, o cálculo utilizava os 80% maiores salários de contribuição. Após a reforma, o cálculo passou a considerar 100% dos salários desde julho de 1994.
Antes da Reforma (até 12/11/2019)
Neste período, o cálculo era feito com base na média dos 80% maiores salários de contribuição. Ou seja, descartavam-se os 20% menores valores, aumentando a média do benefício.
Por exemplo: se um trabalhador contribuiu sempre com o teto do INSS (R$ 5.839,45 na época), a média dos 80% maiores salários seria de R$ 5.562,94, devido ao descarte dos menores valores.
Após a Reforma (a partir de 13/11/2019)
Com a nova regra, o cálculo passou a considerar 100% dos salários de contribuição desde julho de 1994, sem descartar os menores valores. Isso pode reduzir a média final para trabalhadores que tiveram períodos com salários baixos.
Limites mínimo e máximo da aposentadoria
Em 2024, o benefício mínimo pago pelo INSS é de R$ 1.412,00, equivalente ao salário mínimo nacional. O teto da aposentadoria, ou seja, o valor máximo, é de R$ 7.786,02. Esses valores são reajustados anualmente.
O divisor mínimo e seu impacto no cálculo
O divisor mínimo foi criado para evitar que contribuintes com poucos recolhimentos após julho de 1994 recebam benefícios altos, mesmo que tenham contribuído com valores elevados em poucos meses.
- Antes da Reforma: O divisor era aplicado quando o contribuinte tinha menos de 60% das contribuições necessárias.
- Após a Reforma (desde 2022): Agora, é exigido um mínimo de 108 contribuições após julho de 1994. Caso o segurado tenha menos que isso, o cálculo considera o número de contribuições divididas por 108, reduzindo o valor final do benefício.
Aposentadoria por tempo de contribuição: como funciona o cálculo?
A aposentadoria por tempo de contribuição também sofreu alterações. Antes da reforma, não havia idade mínima, e o benefício era concedido com base no tempo de contribuição:
- Mulheres: 30 anos de contribuição, com carência de 180 meses.
- Homens: 35 anos de contribuição, com carência de 180 meses.
Outra modalidade disponível antes da reforma era a aposentadoria por pontos, que somava a idade ao tempo de contribuição. Nesse caso, as mulheres precisavam alcançar 86 pontos e os homens, 96.
Após a reforma, foram introduzidas regras de transição para quem já estava no sistema previdenciário, mas ainda não tinha cumprido os requisitos necessários.
Planeje sua aposentadoria
Entender como funciona o cálculo da aposentadoria é crucial para quem deseja garantir um benefício adequado. As regras atuais exigem maior planejamento, especialmente para quem está inserido nas novas condições. Manter um histórico de contribuições organizado e buscar orientação especializada pode ajudar a evitar surpresas e assegurar uma aposentadoria tranquila.