Clima extremo na Terra vai assustar 70% da população nos próximos 20 anos
As mudanças climáticas estão se tornando uma realidade cada vez mais preocupante para o mundo, com eventos climáticos extremos se intensificando em frequência e gravidade. Um novo estudo revela que aproximadamente 70% da população global enfrentará as duras consequências do clima extremo nas próximas duas décadas. A pesquisa, publicada na revista Nature Geoscience, destaca a urgência de medidas drásticas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
De acordo com pesquisadores, cerca de 1,5 bilhão de pessoas serão diretamente afetadas por esses eventos extremos. A adoção de ações urgentes é essencial para minimizar tais impactos, mas mesmo as respostas rápidas só poderiam mitigar parte dos danos. Em várias partes do planeta, as consequências ainda seriam significativas.
Eventos climáticos extremos podem ser incontroláveis
Os estudos indicam que, mesmo que medidas mais rigorosas sejam implementadas, alguns desdobramentos das mudanças climáticas serão inevitáveis. Por exemplo, ações para melhorar a qualidade do ar poderiam acelerar o aumento das monções de verão na Ásia, um fenômeno com implicações profundas.
Essas monções intensificadas podem causar enchentes devastadoras e danificar significativamente a infraestrutura e os ecossistemas locais. Mesmo com ações rápidas, várias regiões do mundo ainda sofrerão consequências menores, mas que não devem ser subestimadas.
O que se pode esperar do clima extremo
Os cientistas alertam que as mudanças climáticas estão acelerando. Isso aumenta a probabilidade de ocorrerem eventos climáticos extremos de forma sucessiva ou até simultânea. Nos próximos anos, a população mundial deve se preparar para lidar com condições meteorológicas adversas que se manifestarão com maior frequência.
Algumas das mudanças mais alarmantes incluem:
- Ondas de calor se tornando mais comuns;
- Aumento de raios secos levando a incêndios florestais;
- Inundações severas seguindo eventos de calor extremo;
- Precipitações intensas causando danos a infraestruturas urbanas e rurais.
O Brasil é um exemplo claro do impacto das mudanças climáticas. No primeiro semestre de 2024, o Rio Grande do Sul sofreu inundações históricas e, por outro lado, muitas regiões do país estão agora enfrentando uma das piores secas em décadas.