Clientes da CAIXA estão comemorando com decisão sobre financiamento

A Caixa Econômica Federal anunciou uma nova medida para lidar com o aumento na procura por financiamento imobiliário utilizando recursos da poupança. Contratos pré-aprovados terão seus prazos de validade prorrogados, com possibilidade de extensão até fevereiro e março de 2025.

Dessa forma, será permitido que os clientes mantenham as condições diferenciadas, como taxas de juros reduzidas, oferecidas anteriormente.

Escassez de recursos e desafio na distribuição

A decisão ocorre em um cenário de alta demanda, com cerca de R$ 20 bilhões em contratos de financiamento imobiliário pré-aprovados, mas apenas R$ 3 bilhões disponíveis para liberação imediata.

Segundo a vice-presidente de Habitação da Caixa, Inês da Silva Magalhães, a prorrogação dos prazos é uma estratégia para garantir a continuidade dos contratos e proteger os clientes que já iniciaram o processo de aprovação.

Mudanças nas condições de financiamento

Além da prorrogação, a Caixa implementou ajustes nas regras de financiamento para novos contratos, após alcançar a meta de R$ 70 bilhões de financiamentos com recursos da poupança em 2024. As mudanças incluem:

  • Imóveis de até R$ 1,5 milhão: Os recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) só poderão financiar imóveis com valor máximo de R$ 1,5 milhão.
  • Redução da cota de financiamento: No Sistema de Amortização Constante (SAC), o limite passou de 80% para 70% do valor do imóvel; no sistema Price, foi reduzido de 70% para 50%.
  • Limite de contratos ativos: Cada cliente poderá ter apenas um financiamento ativo com a Caixa, medida que busca distribuir melhor os recursos disponíveis.

Essas alterações visam equilibrar a oferta de crédito com a disponibilidade limitada de recursos, agravada pelo aumento nos saques da caderneta de poupança.

Alta demanda e impacto no mercado

A demanda por crédito imobiliário tem sido impulsionada pelo interesse crescente em adquirir imóveis, mas o volume de retiradas da poupança nos últimos meses tornou o cenário mais desafiador para o setor.

Com uma participação de aproximadamente 70% no mercado de financiamento habitacional, a Caixa enfrenta dificuldades em atender plenamente à procura por crédito.

De acordo com Marcos Brasiliano Rosa, vice-presidente de Finanças da Caixa, o saldo da poupança registrou uma recuperação de 8,1% no último trimestre, alcançando R$ 381 bilhões. Apesar disso, a diversificação das fontes de financiamento é vista como essencial para atender às demandas do mercado em crescimento.

Prorrogação busca mitigar atrasos

Clientes com contratos pré-aprovados ainda enfrentam atrasos na finalização de seus financiamentos, especialmente para imóveis com taxas mais atrativas, na faixa de 12%, que utilizam recursos da poupança.

Esse cenário, resultado da elevada demanda e do processo de análise adicional, inclui etapas como avaliação do imóvel e compatibilidade das garantias, o que pode impactar a conclusão dos contratos.

Com a prorrogação de prazos, a Caixa Econômica Federal espera reduzir os impactos dos atrasos e evitar o cancelamento de operações em andamento, oferecendo aos clientes maior segurança para finalizar suas negociações.

Perspectivas para o setor

O mercado imobiliário segue aquecido, e a busca por soluções para ampliar os recursos disponíveis permanece uma prioridade para instituições financeiras.

A medida anunciada pela Caixa reflete os desafios do setor, mas também sinaliza um esforço para manter o equilíbrio entre oferta e demanda no segmento de financiamento habitacional.

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