Cientistas confirmam existência da planta do tesouro que gera ouro de verdade

Uma descoberta impressionante feita por cientistas da Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation (CSIRO), na Austrália, em 2024, revelou que um fungo comum encontrado na natureza pode ser usado para gerar ouro puro a partir de minerais.

Fácil de cultivar e presente em diversos ambientes, esse microrganismo representa uma alternativa ecológica e acessível aos métodos tradicionais de extração.

Desde os tempos antigos, a humanidade sonha em transformar materiais comuns em ouro — desejo que alimentou mitos como o da pedra filosofal. Agora, esse antigo anseio encontra respaldo científico por meio de um processo natural e inovador, que dispensa o uso de substâncias químicas agressivas e instalações industriais complexas.

Fusarium oxysporum: o fungo que fabrica ouro

O protagonista dessa inovação é o Fusarium oxysporum, um fungo bastante disseminado em solos ao redor do mundo, notório por afetar plantações como tomateiros e bananeiras. Mais recentemente, pesquisadores descobriram uma habilidade surpreendente: ele consegue converter minerais em ouro.

O mecanismo ocorre quando o fungo absorve metais do ambiente, como ferro e cálcio, e desencadeia reações enzimáticas que transformam íons de ouro em nanopartículas metálicas, que se acumulam em sua superfície. Esse fenômeno faz parte do ciclo biogeoquímico do ouro — processo no qual organismos vivos participam da formação e concentração natural desse metal precioso na crosta terrestre.

Testes laboratoriais confirmaram que, ao ser exposto a minerais específicos, o Fusarium oxysporum realiza reações biológicas capazes de produzir ouro visível, mesmo em escala microscópica.

Uma alternativa ecológica à mineração tradicional

Diferente das técnicas convencionais que utilizam altas temperaturas, pressões extremas e produtos tóxicos, a extração de ouro via Fusarium oxysporum é completamente biológica. O fungo secreta enzimas que transformam compostos minerais e facilitam a conversão de íons de ouro em sua forma metálica, especialmente quando certos sais minerais estão presentes.

Estudos também indicam que fungos do mesmo grupo são mais abundantes em regiões auríferas, o que sugere seu papel ativo na formação natural do ouro. O processo pode ser descrito em três etapas principais:

  1. O fungo entra em contato com minerais contendo ouro.
  2. Suas enzimas modificam os compostos presentes nesses minerais.
  3. Íons de ouro são reduzidos e se fixam na superfície do fungo como partículas sólidas.

A ideia de cultivar o Fusarium oxysporum em casa ou em pequenos laboratórios já chama a atenção de educadores, cientistas e entusiastas. Como o fungo não requer equipamentos sofisticados, o processo pode ser reproduzido em pequena escala, desde que haja controle ambiental adequado e acesso aos minerais certos.

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